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POLÍTICA Segunda-feira, 04 de Julho de 2022, 14:48 - A | A

Segunda-feira, 04 de Julho de 2022, 14h:48 - A | A

ELEIÇÕES 2022

Quem é Ridalva Reis? Mulher que passou no primeiro concurso da PM e é uma das pré-candidatas a estadual

Oriunda de uma família muito humilde, Ridalva conta que na época em que o pai exercia a profissão a PM ainda não tinha status e formação acadêmica com nível superior

Rayane Alves da Redação

Ridalva Reis de Souza nascida no dia 13 de junho de 1972.

Atualmente com 50 anos e natural de Cuiabá.

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Com a profissão do pai, sargento da Polícia Militar, já “rodou” o Mato Grosso todo e se considera uma filha nata do Estado, já que mesmo antes da divisão do Estado as irmãs nasceram em uma das cidades que hoje faz parte de Mato
Grosso do Sul.

A equipe de reportagem do jornal Centro Oeste Popular procurou Ridalva que hoje é coronel, para saber quais motivos a levaram a querer uma das cadeiras da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT), pois ela sempre se envolveu com dedicação a área da Segurança Pública e nunca até então tinha pensado em política, já que
antigamente considerava o meio como corrupto, sujo e de traição.

Oriunda de uma família muito humilde, Ridalva conta que na época em que o pai exercia a profissão a PM ainda não tinha status e formação acadêmica com nível superior.

Por conta disso, ela sempre teve uma infância com pobreza material, mas sempre muito rica de valores e princípios, que segundo ela foi o legado que o pai deixou.

“Eu falo que minha mudança de ciclo de quebra da pobreza material foi em razão das atividades desportivas que meu pai sempre me incentivou. Então tive uma infância e
adolescência com muita atividade desportiva, sendo atleta de atletismo, handebol, carateca sempre com grandes mentores nessa área”, disse.

Já em 1993 quando estava no auge das atividades físicas e focada inclusive em fazer uma graduação em Educação Física, a Polícia Militar lançou o primeiro concurso público pela Universidade Federal de Mato Grosso para cursos de formação de oficiais.

E, nessa época a coronel conta que o pai a procurou para conversar e a incentivou que fizesse o concurso porque o pai sempre sonhou em ter um filho também na mesma profissão que para ele era algo extraordinário ser profissional de carreira.

“Além de ter um concurso naquele ano, também 10% das vagas eram dedicadas para mulheres, então eu fiquei entre as cinco e em 1994 eu ingressei definitivamente na instituição”, falou.

Na Polícia Militar, a coronel exerceu mais de 25 anos de serviço, sendo cadete 1,2,3 pela Academia de Polícia Costa Verde em Várzea Grande, aspirante 1996, tenente, primeiro tenente, segundo tenente, capitão, major, tenente coronel e coronel (que é o final da carreira de todos os cargos que a instituição oferece).

Além disso, atuou no operacional, gestão de pessoas, estatístico, mobilização, conhecimento e logística, gestão de Recursos Humanos, orçamentária, financeira, entre uma longa passagem também pela área de ensino da instituição, onde foi diretora da PM e comandante da Escola Superior e Aperfeiçoamento de praça.

“Em abril de 2015 fui promovida a coronel e me aposentei em 19 de maio 2019, encerrando o ciclo da atividade enquanto reserva remunerada diferente de aposentadoria que ainda posso ser convocada para exercer funções da Polícia Judiciária Militar que é na área de investigação, juíza militar compor nosso júri dentro 11ª Vara da Justiça Militar e também ser acionada em questões de calamidade pública, estado de emergência, estado de sítio entre outras possibilidades prevista em lei.

Nós só deixamos de ser convocados em caso de limite de idade acima de 60 anos, mulher e homem 65”, pontuou.

Já em 2020, após a missão enquanto serviço público ter finalizado, a coronel decidiu migrar para o empreendedorismo.

E, em 2022, para sua surpresa e um chamado de Deus que ela acredita, ela foi convidada pelo tesoureiro do partido Republicanos para colocar seu nome à disposição de um futuro político.

“Nessa conversa, o Eduardo Manciolli falou que o coronel Jorge Luiz que era pra ser pré-candidato, mas devido o falecimento dele ficou um vazio no partido e se eu não gostaria de participar do pleito eleitoral.

Até falei pra ele que quando se falava em política só pensava em coisa ruim e daí ele me encorajou e falou que enquanto não tiver pessoas com histórico de honestidade e princípios a política será mais da mesma, e, com isso, eu resolvi colocar meu nome a disposição após também aprovação da minha família.

Os projetos ainda não tenho por escrito, mas em data oportuna irei falar, porém o desejo sempre é o mesmo de servir a sociedade com mesmo profissionalismo e honestidade”, finalizou.


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