A Polícia Judiciária Civil de Tangará da Serra (PJC) concluiu nesta quinta-feira, 17, o inquérito policial do crime bárbaro de agressão e tortura ocorrido em Tangará da Serra no início deste mês. O fato de grande repercussão foi filmado pelos agressores e compartilhado por meio de aplicativo de mensagens, viralizando nas redes sociais.
De acordo com o delegado Adil Pinheiro de Paula, duas pessoas identificadas como autoras foram indiciadas e responderão pelos crimes de tortura e roubo qualificado. “A Polícia Civil está concluindo o inquérito dentro do prazo legal de 10 dias, sendo remetido ao Judiciário com indiciamento dos dois elementos já identificados anteriormente pelo crime de tortura. A Polícia Civil acrescentou o crime de roubo qualificado, imputando aos dois indiciados a prática deste crime grave, haja vista que durante a prática da tortura, eles resolveram também roubar a peça de um carro da oficina, de um cliente, e levar justamente no carro de um dos agressores”, explicou o delegado, em entrevista à imprensa.
“Podemos ressaltar também que a Polícia Civil constatou a prática continuada de três sessões de tortura praticadas no mesmo dia”, completou o responsável pelo inquérito, ao afirmar que os agressores foram na oficina, primeiro, no início da tarde do dia 3 de dezembro, onde praticaram aquela agressão que viralizou em vídeo; retornaram mais tarde para uma segunda sessão de tortura – oportunidade que aconteceu o roubo; e pela terceira vez por volta das 16h30 “eles agrediram novamente a vítima”.
Segundo o delegado, os dois confessaram, na presença do advogado, que praticaram o crime de tortura, contudo, negaram o crime de roubo.
“Então hoje está sendo concluído o inquérito de 120 páginas, relatado e encaminhado as providências do Judiciário. Caso o Ministério Público e o Judiciário entendam por manter as qualificadoras e as tipificações dadas no inquérito policial, a pena dos acusados pode passar de 20 anos, a depender da dosimetria da pena calculada pelo judiciário”.