Apesar da greve iniciada na terça-feira (10), os Correios ainda mantém postagens e entregas de correspondências e encomendas em todos os municípios do país. A afirmação é da própria estatal, segundo a qual só os serviços com hora marcada, como Sedex 10, estão suspensos temporariamente.
Nesta quarta-feira (11), os Correios ingressaram com uma ação junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST). O objetivo seria encontrar uma solução coletiva com os trabalhadores, para que a greve não “não comprometa ainda mais a situação financeira” da estatal.
Segundo a nota dos Correios, algumas reivindicações dos funcionários superam o faturamento anual da empresa, por isso não poderia ser atendidas.
Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial com reposição da inflação (3,25%) e não querem cortes de direitos conquistados.
De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), mesmo com a mediação já iniciada no TST, a empresa deixou de receber os representantes dos trabalhadores.
A Federação também rebate o argumento de que a empresa dá prejuízo e que depende de financiamento público.
Além disso, os empregados são contra uma eventual privatização dos Correios.
No mês passado, o governo federal incluiu os Correios no Plano Nacional de Desestatização (PND) e inaugurou a fase de estudos para privatizar, total ou parcialmente, a empresa e outras estatais.
Mas a abertura de estudos, segundo o governo, não indica necessariamente que uma empresa será privatizada.