A Polícia de São Paulo instaurou um inquérito para investigar a modelo Andressa Urach por suspeita de apologia à zoofilia e maus-tratos de animais.
O inquérito foi aberto no final de setembro pelo delegado Rodrigo Castro Salgado da Costa, do 15º Distrito Policial (Itaim Bibi), após ofício enviado ao Ministério Público pelos deputados federais Bruno Lima (PP-SP), Matheus Laiola (União-PR), Fred Costa (PRD-MG) e Marcelo Queiroz (PP-RJ).
No ofício, os deputados citam terem tomado conhecimento na rede social do apresentador Luiz Bacci de uma entrevista dada pela modelo no canal "Téte a Theo", do YouTube, na qual ela afirmou ter feito sexo com cachorro.
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"Virou um hábito. Eu comprei um cachorro para isso", afirmou na entrevista, ressaltando que a primeira vez ocorreu aos 11 anos.
Os deputados citam no documento o que chamam de tom "natural" da modelo.
"Merece relevo o fato de que, ao descrever publicamente esse episódio, em tom que pode ser interpretado como natural ou aceitável, a sra Andressa Urach pode estar promovendo apologia da prática criminosa, incitando outros a cometerem atos semelhantes", afirmaram os deputados no documento.
A modelo, que produz conteúdo adulto, já havia tratado do assunto na biografia "Morri para Viver" (Editora Planeta), lançada em 2015, época em que frequentava a Igreja Universal do Reino de Deus e atuava na TV Record.
A coluna procurou a assessoria de imprensa da modelo para obter sua versão a respeito dos fatos relatados no inquérito, mas não obteve resposta.
O texto será atualizado, caso ela se manifeste.
O artigo 287 do Código Penal estabelece uma pena de três a seis meses de detenção ou multa a quem faz apologia de fato criminoso.
O crime de maus-tratos de animais é descrito no artigo 32 da Lei 9.605, de 1998, (crimes ambientais), com pena de três a meses a um ano de detenção e multa.