05 de Outubro de 2024

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SAÚDE Quarta-feira, 21 de Setembro de 2022, 11:08 - A | A

Quarta-feira, 21 de Setembro de 2022, 11h:08 - A | A

DIA MUNDIAL DO ALZHEIMER

Oito sinais de alerta do Alzheimer

Neurologista orienta como identificar sinais precoce da doença, que acomete 100 mil novas pessoas por ano no Brasil

Redação

Será que esquecer o nome do filho ou onde guardou a chave do carro significa que a pessoa tem Alzheimer? Esquecer faz parte da vida de todo mundo e nem sempre é sinal de doença. No entanto, a neurologista do Hospital Santa Rosa, Ariely Teotonio Borges, destaca que é importante ficar atento a alguns sinais.

“A doença de Alzheimer é uma doença degenerativa do cérebro que acomete principalmente idosos. O paciente começa a ter perda de funções cerebrais e a memória é a mais afetada. Esse é o primeiro sintoma”, explica a médica.

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Nesta quarta-feira, 21 de setembro, é o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Alzheimer. No País, segundo a Associação Brasileira de Alzheimer, estima-se que cerca de um 1,2 milhão de pessoas sofram da doença e a estimativa é de 100 mil novos casos por ano.

Por ser uma doença de lenta evolução e com sintomas iniciais que podem ser confundidos com o processo natural de envelhecimento, muitos pacientes demoram para ter o diagnóstico de Alzheimer estabelecido.

Diante da importância do diagnóstico precoce, a neurologista listou oito sinais do Alzheimer que servem de alerta. “Lembrando que ocorrências isoladas não significam que a pessoa tenha a doença, por isso é fundamental procurar um especialista no caso de dúvida ou suspeita”, pondera.

“Infelizmente, essa é uma doença que não tem cura, mas já temos medicações disponíveis que melhoram alguns sintomas. E quanto mais cedo iniciar o tratamento, melhor será a qualidade de vida desse paciente”, ressalta Ariely.

8 sinais de alerta da doença de Alzheimer:

1)Esquecimento: não se recordar de fatos recentes, como nomes, onde guardou objetos e não se lembrar das refeições, é um dos principais indícios da fase inicial.
2)Julgamento prejudicado: se colocar em situações de risco por perda do senso crítico.
3)Dificuldades repentinas: não conseguir mais ligar o ar-condicionado ou fazer aquela receita culinária pela qual era famosa.
4)Alteração no humor: normalmente inicia com sintomas depressivos ou ansiedade.
5)Problemas de linguagem: não conseguir mais formular frases longas, a pronúncia das palavras se torna lenta e embolada, além de dificuldade de compreensão e escrita.
6)Dificuldade de convívio social: não quer ter mais contato com pessoas que era próximo, isolamento gradual.
7)Desorientação: não lembrar mais do caminho de casa, não saber se é dia ou noite.
8)Perda de objetos: perder objetos pessoais com facilidade, não só porque não se lembra onde os guardou, mas também porque é comum que objetos seja guardados em locais bizarros, como, por exemplo, deixar a chave do carro dentro da geladeira.

“Além desses sinais listados, a pessoa pode apresentar outros sintomas. Até hoje ainda não conseguiram descobrir qual a causa exata da doença. O que sabemos é que ela ocorre a partir da alteração do processamento de proteínas no sistema nervoso central. E o acúmulo dessas substâncias são tóxicas para os neurônios, que ficam disfuncionais e o paciente evolui com a doença. O diagnóstico atualmente se dá com a consulta com um especialista e a exclusão de outras doenças e uma série de exames laboratoriais, de imagem, entre outros”, afirma a neurologista.

PREVENÇÃO

Mesmo que o Alzheimer não tenha cura, algumas medidas preventivas podem ajudar a retardar o aparecimento da doença, como a adoção de bons hábitos, ter uma alimentação saudável, não fumar, reduzir o estresse, aprender coisas novas, praticar exercícios cognitivos. A médica reforça ainda que é importante controlar outras doenças, como diabetes e hipertensão.

“Essas ações agem como fator protetivo e têm o potencial de retardar ou prevenir o início da demência, antes dela se estabelecer”, afirma Ariely.


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