04 de Dezembro de 2024

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SAÚDE Segunda-feira, 11 de Novembro de 2024, 14:21 - A | A

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A IMPORTÂNCIA DO EXAME

Novembro Azul: Desmistificando tabus e fortalecendo a prevenção do câncer de próstata

Redação

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não melanoma). Em valores absolutos e considerando ambos os sexos, é o segundo tipo mais comum. A taxa de incidência é maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento. Incidência maior também nos estados onde o acesso da população aos médicos e às tecnologias diagnósticas são mais fáceis.

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A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão pequeno, tem a forma de maçã e se situa logo abaixo da bexiga e à frente do reto (parte final do intestino grosso). Envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. Além disso, é responsável por produzir parte do sêmen, líquido espesso que contém os espermatozoides, liberado durante o ato sexual.

Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. O aumento observado nas taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos (exames), pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida. Alguns, desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e podendo levar à morte. A maioria, porém, cresce de forma tão lenta (leva cerca de 15 anos para atingir 1 cm³) que não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem.

De acordo com informações do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de próstata é responsável por 29% dos casos de câncer diagnosticados em homens. Anualmente, são registrados cerca de 66 mil novos casos da doença, que causam aproximadamente 16 mil mortes. A causa exata do câncer de próstata ainda não é totalmente compreendida, mas acredita-se que mutações no código genético das células possam levar ao desenvolvimento anormal dessas células, resultando no câncer. Embora a origem da doença não seja clara, existem vários fatores que podem aumentar as chances de uma pessoa ser diagnosticada com câncer de próstata.

Entre os principais fatores de risco, destaca-se o histórico familiar. Homens com parentes de primeiro grau (como pai ou irmão) que já tiveram câncer de próstata têm pelo menos duas vezes mais chances de desenvolver a doença. A idade também é um fator relevante, já que o risco aumenta consideravelmente após os 50 anos, com cerca de 60% dos casos sendo diagnosticados em homens com mais de 65 anos. Além disso, homens de ascendência africana ou caribenha têm maior predisposição a desenvolver o câncer de próstata, embora os motivos para essa diferença racial ainda não seja completamente compreendido. Outro fator importante é a síndrome de Lynch, uma condição genética que eleva o risco de vários tipos de câncer, incluindo o de próstata.

A obesidade, embora não aumente diretamente o risco de desenvolver câncer de próstata, está associada a formas mais agressivas da doença, que tendem a se desenvolver de maneira mais rápida. A exposição ocupacional também pode ser um fator de risco significativo. Homens que trabalham em indústrias químicas, mecânicas, de transformação de alumínio ou que têm contato com certos produtos químicos e toxinas, como aminas aromáticas, arsênio (usado como conservante e agrotóxico), produtos derivados de petróleo, fumos de motor de veículos, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA) e fuligem, têm um risco aumentado de desenvolver o câncer de próstata.

Em estágios iniciais, a doença pode não apresentar sintomas, o que dificulta a detecção precoce. Porém, à medida que o câncer avança, é possível notar alguns sinais, como necessidade frequente de urinar, especialmente à noite; sangue na urina ou no sêmen; fluxo urinário interrompido ou sensação de bexiga cheia, mesmo após urinar; dor ao urinar; disfunção erétil e dor nos ossos, especialmente no quadril, nas coxas e nas costas. No entanto, é importante destacar que esses sintomas não são exclusivos do câncer de próstata e também pode ocorrer em outras condições, como a hiperplasia prostática benigna (um aumento não canceroso da próstata). Por isso, a presença desses sintomas, deve sempre ser avaliada por um médico, que poderá solicitar exames específicos para confirmar ou descartar a presença da doença. É importante destacar que a presença de um ou mais desses sinais e sintomas não significa, necessariamente, que o indivíduo tenha câncer de próstata. Muitos desses sintomas podem ser comuns a outras condições, como a hiperplasia prostática benigna (aumento não canceroso da próstata). Para confirmar ou descartar qualquer suspeita, é essencial consultar um médico, que irá solicitar os exames necessários para um diagnóstico preciso.

O diagnóstico precoce do câncer de próstata é possível, muitas vezes antes que os sintomas apareçam. Para isso, é importante que o homem faça consultas regulares com um médico urologista, que indicará os exames necessários a partir dos 50 anos. No caso de homens com histórico familiar de câncer de próstata, a recomendação é iniciar os exames aos 45 anos. Entre os exames utilizados para diagnosticar a doença, o exame de PSA (Antígeno Prostático Específico) é um dos mais comuns. Trata-se de um exame de sangue que mede os níveis dessa substância produzida pela próstata. Se os níveis de PSA estiverem elevados, isso pode indicar a presença de câncer ou outras doenças da glândula, como a hiperplasia prostática benigna, infecções ou doenças sexualmente transmissíveis. No entanto, vale destacar que cerca de 75% a 80% dos homens com PSA alto não têm câncer de próstata. Outro exame importante é o toque retal, um procedimento rápido e indolor que permite ao médico avaliar o tamanho, a forma e a textura da próstata. Nenhum outro exame substitui o toque retal no diagnóstico precoce de anomalias na próstata. Caso os resultados do toque retal ou do PSA levantem suspeitas, o médico pode solicitar uma biópsia, que consiste na retirada de uma amostra da próstata para análise laboratorial, sendo este o único exame capaz de confirmar a presença de um tumor. Além desses exames, o médico pode pedir outros exames complementares para confirmar o diagnóstico, avaliar a extensão do câncer e verificar a presença de metástases, além de ajudar a determinar o tratamento mais adequado. Entre esses exames estão a tomografia computadorizada (TC), a ressonância magnética (RM), o eco-doppler colorido, o PET-CT (que avalia o tamanho dos tumores, focos de metástase e a possibilidade de recidiva, auxiliando na definição do tratamento e no prognóstico) e a cintilografia óssea, que serve para verificar se os ossos foram atingidos pelo câncer. Esses exames são fundamentais para proporcionar uma avaliação mais completa do quadro e orientar as decisões sobre o tratamento do paciente.

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O tratamento do câncer de próstata depende fundamentalmente de um diagnóstico precoce. A escolha do tratamento é personalizada e considera, diversos fatores, como a idade, a saúde geral do paciente, o desejo de ter filhos, o estágio do tumor e o tamanho da próstata, entre outros.Uma das opções iniciais pode ser a observação vigilante, que consiste em monitorar o progresso da doença com consultas periódicas. O tratamento é iniciado apenas se o câncer se tornar mais agressivo. Essa abordagem é indicada especialmente para tumores de crescimento lento e pouco agressivos.

Entre as opções de tratamento mais invasivas, a cirurgia é uma das mais eficazes para remover tumores localizados na próstata, oferecendo boas chances de cura. A cirurgia pode ser realizada de forma minimamente invasiva, com o uso da cirurgia robótica, que proporciona maior precisão e reduz o tempo de recuperação.

A radioterapia, utiliza radiação de alta energia (raios-x) para destruir as células cancerígenas. Graças à tecnologia atual, equipamentos de alta precisão permitem reduzir o número de sessões necessárias, minimizando a exposição do paciente à radiação.

Outra abordagem é a terapia hormonal, que visa controlar os níveis de hormônios masculinos, como a testosterona, que estimulam o crescimento do câncer. Esse tratamento pode ser administrado através de injeções, cirurgia ou comprimidos e é indicado para pacientes que não desejam, ou não podem seguir terapias mais agressivas, como aqueles com câncer metastático (quando o câncer se espalha para outras partes do corpo), ou como terapia complementar a outros tratamentos.

Por fim, a quimioterapia é indicada para pacientes com câncer de próstata metastático que não respondem a outros tratamentos. Ela utiliza medicamentos específicos para destruir as células cancerígenas.

A escolha do tratamento mais adequado será determinada pelo médico, considerando a situação individual de cada paciente e buscando sempre os melhores resultados possíveis.

Em uma ação para conscientizar e incentivar a realização de exames preventivos, o Mato Grosso Saúde (MT Saúde) não cobrará coparticipação para exames de próstata durante todo mês.

De acordo com estimativas, o estado de Mato Grosso deverá registrar 1.020 novos casos de câncer de próstata por ano no triênio 2023-2025, o que corresponde a uma taxa de incidência de 55,40 casos a cada 100 mil homens. Em Cuiabá, a previsão é de 220 novos diagnósticos no mesmo período, com uma taxa de 67,15 casos a cada 100 mil homens.

O urologista Newton Tafuri reforça a importância da realização dos exames, incluindo o toque retal, lembrando que as chances de cura aumentam consideravelmente quando a doença é detectada de forma precoce.

A presidente do MT Saúde, Misma Thalita dos Anjos, destaca que o cuidado com a saúde deve ser uma prioridade todos os dias. Porém, neste mês, a atenção especial é voltada para o câncer de próstata e para o incentivo à realização dos exames entre os homens.

O MT Saúde oferece atendimento médico-hospitalar 24 horas para servidores ativos, inativos, pensionistas e comissionados dos poderes estaduais, com uma rede de cerca de 500 prestadores de serviços. Além disso, o plano também atende aos dependentes e agregados, com mensalidades a partir de R$ 123,37, tornando-se uma das opções mais acessíveis no mercado.

Serviço:

Central de Relacionamento com o Beneficiário: (65) 3613-7700  

WhatsApp: (65) 98463-3773


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