A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) lançou nesta semana a campanha Paralisia Infantil - A Ameaça Está de Volta, para estimular a adesão à campanha de vacinação contra a poliomielite, que está sendo realizada desde o dia 8 deste mês pelo Ministério da Saúde.
A preocupação é diante dos registros de coberturas vacinais, em queda desde 2015. No caso da poliomielite, a preocupação de pesquisadores é que o movimento de queda coincide com o ressurgimento de casos em locais em que a doença já estava erradicada, como Estados Unidos, Malawi e Israel.
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No Brasil, o último caso confirmado foi em 1989.
Estima-se que três em cada 10 bebês brasileiros nascidos em 2021 não tomaram as doses da vacina intramuscular contra a pólio, previstas para os 2, 4 e 6 meses de idade. A proteção contra a doença também requer doses em gotinhas aos 15 meses e aos 4 anos de idade, e, segundo o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações, somente 54% das crianças completaram o esquema vacinal no ano passado, enquanto a meta que deve ser atingida para garantir a imunidade coletiva é de 95% das crianças vacinadas.
Para melhorar esse cenário, a Secretaria Municipal de Saúde e voluntários do Rotary de Tangará da Serra intensificaram em agosto as ações de conscientização, voltados a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação.
“O Rotary trabalha para erradicar a pólio há mais de 35 anos e o alcance do nosso objetivo de livrar o mundo dessa doença está mais próximo do que nunca. (…) e para alcançar essa meta [95% de vacinação do público] no dia 27 de agosto será feito um grande mutirão de conscientização por todos os associados do Rotary, que estarão nas unidades de saúde”,
informa o associado Rotary Tangará da Serra, Cledson Bianchini.
Na oportunidade estarão presentes, além dos voluntários, o símbolo da campanha – o Zé Gotinha.
Durante todo o mês de agosto as unidades de saúde realizaram atendimentos aos sábados, para a coleta de preventivo, vacinação e triagem para o pré natal odontológico. Neste sábado, 27 de agosto, o trabalho encerra com atendimentos nas unidades do Jardim Shangri-lá, Santa Izabel, Santa Lúcia, Jardim Europa, Jardim Presidente e Barcelona. O horário de atendimento nas unidades será das 12h às 17h30.
A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) destaca que o engajamento da população é fundamental para o Brasil se manter livre de doenças que podem levar à morte ou deixar sequelas.
“Um gesto simples, que salva vidas”,
reforça o voluntário.
Crianças menores de 5 anos devem ser vacinadas contra polio
A infecção pelo poliovírus pode causar sequelas e levar à morte. Embora a maioria das pessoas que contrai o vírus não apresente sintomas, as infecções podem levar à paralisia irreversível em algum dos membros, sendo as pernas acometidas com maior frequência. Entre os pacientes que sofrem de poliomielite paralítica, 5% a 10% morrem por paralisia dos músculos respiratórios.
A campanha da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) pretende destacar a ameaça que a doença representa.
“A pólio não tem um tratamento específico. A única coisa que a gente tem como ferramenta de proteção são as vacinas, que são ferramentas extremamente seguras, eficazes e gratuitas”,
destaca o presidente da SBIm, Juarez Cunha,
ao afirmar que o mais importante é que as crianças que não foram vacinadas sejam levadas aos postos, mas que os pais daquelas que estão com a imunização em dia também podem levá-las para receber um reforço na proteção.
Devem ser vacinadas contra a pólio as crianças menores de 5 anos. Já para a atualização das vacinas de rotina de forma geral, o público-alvo são os menores de 15 anos. Em ambos os casos, não há necessidade de guardar intervalo em relação à vacina contra a covid-19.