Caminhoneiros voltaram a interromper o fluxo de veículos em rodovias estaduais e federais de ao menos três estados. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os novos bloqueios começaram a ser registrados na última sexta-feira, 18, em Mato Grosso, Pernambuco e Rondônia. Somente no primeiro dia foram mais de 10 interdições e quatro bloqueios integrais em trechos de rodovias federais.
Já no sábado, 19, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou interdições em 18 pontos de estradas federais, inclusive em mais estados. Já no domingo, 20, eram 22 interdições parciais e dez bloqueios totais nas rodovias federais do país, especialmente em Mato Grosso.
Em Tangará da Serra o bloqueio iniciou na madrugada de sexta-feira, 18, na rodovia MT-358, mas especificamente no Trevo da Melancia. No local, o bloqueio é somente para caminhões, sendo os demais veículos orientados e liberados a cada 30 minutos. No sábado, o grupo permaneceu no local e ao meio dia o movimento no Trevo da Melancia parou para ato solene relativo ao Dia da Bandeira.
No período da noite os ocupantes de um veículo que seguiam para uma festa nas proximidades ofenderam os motoristas que bloquearam com pneus, impedindo a passagem dessas pessoas. Depois disso, quem seguia para a festa não passava, tendo que buscar uma estrada alternativa.
Já no domingo, 20, a passagem foi liberada a todos os caminhoneiros que quisessem seguir viagem. Cerca de 20 caminhões deixaram o local. Mais de 200 seguem parados, segundo informações no local.
Para esta segunda-feira, 21, a expectativa é que permaneçam no local, seguindo da mesma forma – parando somente caminhões e liberando a passagem de veículos de passeio.
Os protestos nas estradas foram iniciados após o resultado das eleições, no último dia 30 de outubro, e seguiram durante alguns dias, até a determinação que as rodovias fossem desbloqueadas.
Agora os protestos foram retomados um dia após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinar o bloqueio das contas bancárias de 43 pessoas e empresas suspeitas de financiar as manifestações.
Além dos bloqueios, manifestantes seguem acampados em Brasília, assim como comerciantes de Tangará da Serra se mobilizam para manter as empresas fechadas, em protesto.