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POLÍTICA Quarta-feira, 25 de Setembro de 2019, 08:31 - A | A

Quarta-feira, 25 de Setembro de 2019, 08h:31 - A | A

POSSÍVEL CASSAÇÃO

Prefeita de Sinop defende união do agronegócio e nome do interior para vaga de Selma

Da Redação - Érika Oliveira
Olhar Direto

Mato Grosso conta atualmente com duas cadeiras no Senado ocupadas por políticos da baixada cuiabana e apenas um do interior do Estado. Para a prefeita de Sinop, Rosana Martinelli (PL), a atuação dos parlamentares tem se concentrado na Capital e as cidades mais afastadas acabam “desguarnecidas”. Em meio à agitação que a possibilidade de vacância do cargo de Selma Arruda (Pode) tem causado, a prefeita defendeu que o eventual candidato seja um nome de consenso no agronegócio e que contemple o interior.

“Por mais que o Wellington seja de Rondonópolis, vejo que a representatividade está mais centralizada na Capital. Eu defendo que o agronegócio, que hoje é a mola propulsora do desenvolvimento do Estado, tenha um representante, como nós tínhamos o Blairo Maggi. Eu sou a favor [que alguém do interior ocupe vaga de Selma], porque por mais que o Jayme seja produtor também, ele é da baixada cuiabana. Tem vários nomes a serem escolhidos, estamos aguardando os candidatos se manifestarem. Espero que tenha um consenso agora, porque tivemos excelentes nomes, mas o número de candidatos acabou complicando”, disse Martinelli, relembrando as eleições do ano passado.

Em 2018, os votos do agronegócio se dividiram entre pelo menos cinco candidatos: Adilton Sachetti (PRB), Carlos Fávaro (PSD), Nilson Leitao (PSDB), Jayme Campos (DEM) e Selma Arruda. Com exceção de Jayme, que foi eleito, os outros três devem disputar novamente as eleições, caso a cassação de Selma se confirme no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Eleita como a candidata mais votada ao Senado nas eleições passadas, com quase 700 mil votos, a juíza aposentada Selma Arruda teve seu mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, acusada de omitir da Justiça despesas de R$ 1,2 milhão durante a campanha, o que configura caixa 2 e abuso de poder econômico.

A cassação de Selma ainda precisa ser confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a análise do processo sequer tem data marcada, mas uma série de nomes já começa a surgir no horizonte como possíveis candidatos ao cargo, entre eles o do ex-governador Júlio Campos, do presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, do deputado Dilmar Dal’Bosco, todos do DEM.

Martinelli, que atualmente desponta como um dos principais nomes femininos na política mato-grossense, evitou tecer comentários sobre o curto período de atuação de Selma Arruda, mas avaliou que o Estado perde caso a parlamentar deixe, de fato, o Senado.

“Eu fico sentida porque a bandeira feminina perde uma representante, porque a mulher tem que assumir esses postos na política”, pontuou.


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