Afilhado e o escolhido do governador Mauro Mendes (União) desde 2014 para ser o protegido na política Mato-grossense, o deputado federal licenciado e atual chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (União), tem demonstrado cada vez mais sua dependência do governador, demonstrando que, além do Centro Político Administrativo (CPA), o menino prodígio não conhece a realidade da capital Cuiabá. Tanto, que nos quase 4 meses no comando da Casa Civil do Paiaguás, não conseguiu decolar sua pré-candidatura, e praticamente assumiu a condição de “poste do Mauro” no processo eleitoral ao ser o preferido do Palácio Paiaguás.
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Um dos experientes vereadores da capital, chegou a dizer nessa semana que:
“Passando o CPA o Fábio Garcia se perde e precisa usar o Google maps na campanha”.
Garcia não consegue sair da sombra do seu padrinho político, o governador do Estado, desde 2013, quando foi secretário de governo da prefeitura de Cuiabá, sob o comando de Mauro Mendes.
Em 2014, só foi eleito, porque Mendes o colocou como o candidato do prefeito a deputado federal. Contudo, em 2018 quando Mendes estava fora do mandato e disputaria o governo do Estado, Fábio Garcia recuou da reeleição, com medo de ser derrotado pelo filho do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), o Emanuelzinho, e decidiu ser suplente do senador Jayme Campos.
Só enfrentou as urnas em 2022, com Mendes já no comando do governo do Estado. Nos últimos meses como secretário de Estado, Fábio Garcia só tem percorrido Cuiabá com a presença do governador ou da primeira-dama Virgínia Mendes, durante entrega de cesta básica nos bairros.
Sua assessoria bem que tenta coloca-lo como ‘do povo’ nas redes sociais, com fotos e imagens, dele comendo pastel, espetinho. Ou aparecendo cantando algum rasqueado cuiabano, na tentativa de mudar sua imagem.
Porém, a prática é o critério da verdade. Fábio Garcia não conhece a realidade dos bairros de Cuiabá. Nunca visitou a ‘fila dos ossinhos’, para conversar com quem precisa se alimentar e espera horas em uma fila para receber ossinhos para comer. Talvez ele tenha o mesmo entendimento do seu padrinho político, que chegou a dizer que os ossos doados eram ‘saborosos e de qualidade’. De família tradicional e rica, Fábio Garcia não sabe e parece não querer saber a realidade da juventude cuiabana, que muitas vezes não tem uma praça iluminada, ou uma quadra para praticar esportes. Dentro das redes sociais, só tem seguido o que é fácil, que é criticar a gestão Emanuel Pinheiro.
Sem personalidade própria e assumindo a condição de poste, Fábio Garcia ainda tem algumas denúncias que poderão lhe dar ‘dor de cabeça’ durante as eleições do ano que vem.
Na justiça eleitoral, ele teve o seu nome relacionado a uma tentativa de compra de votos em aldeias indígenas. Na época dos fatos, um vídeo mostrava o dinheiro e seu santinho. Antes, ele também é acusado de se apropriar de terra federal por uma associação. Segundo a denúncia, Garcia teria expulsado produtores rurais de uma terra da União.
Outra recente denúncia é o fato de que sua família estaria com vários pedidos de instalação de Pequenas Centrais Hidreletricas (PCHs) no Estado, buscando ser favorecido. Fábio Garcia terá um ano para mudar a sua imagem, demonstrar que tem autonomia política e apagar de vez a imagem de ‘poste do governador’ para ganhar as eleições do ano que vem.