A médica patologista clínica, pediatra e pré-candidata ao Senado pelo PSB, Natasha Slhessarenko, afirmou que neste momento o Brasil precisa de um movimento agregador, que busque soluções para os entraves enfrentados e que afetam diretamente a população. A declaração foi dada ao externar sua preocupação com a polarização existente desde as eleições de 2018, que divide o país em dois grupos: da esquerda e da direita.
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“O país dividido preocupa muito. Os ataques as instituições, o país das fake news. As discussões são rasas, superficiais e há muito ódio. Estou extremamente preocupada. Isso tudo é muito ruim e está levando a um problema de relacionamento muito grave, com muitas brigas familiares acontecendo. Qual a lógica disso? Precisamos agregar, fazer um movimento pró-Brasil. Estamos saindo de uma pandemia, há uma invasão na Ucrânia, precisamos estar unidos”, preconizou a médica.
Construindo sua pré-candidatura, em contato com a população e lideranças partidárias, Natasha disse que prefere não se rotular e que seu desejo é chegar ao Senado para ser a senadora de todos. “Sou pré-candidata para representar as pautas do estado, defender as pautas sociais. Sou membro do PSB, o Partido Socialista Brasileiro, que combate a desigualdade, a discriminação, a intolerância, a fome e a miséria. É inaceitável ter no nosso estado, que é o maior produtor de grãos do mundo, gente passando fome, na fila do ossinho. Não preciso de rótulo, quero estar lá para cuidar de pautas de interesse estadual e nacional”, asseverou.
Natasha pondera que a pauta econômica merece atenção imediata. “Estamos saindo da pandemia, a inflação está corroendo o poder de compra. Estamos com uma inflação de dois dígitos, há uma estagnação econômica. Como dá para alguém sobreviver com um botijão de gás custando R$ 130, o combustível a R$ 8, R$ 9, cenoura, batata, tudo caro. Como a população vai comer? Precisamos garantir que a comida chegue na mesa da pessoa. Como médica humanista, que sempre cuidou de gente, quero levar esse cuidar para as esferas mais altas da política brasileira”.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril foi 1,06%. A taxa foi a mais alta para um mês de abril desde 1996. O IPCA é o índice que mede a inflação oficial. Os alimentos, com inflação de 2,06%, tiveram o maior impacto no índice. Os transportes tiveram alta de 1,91%, sendo o segundo principal “puxador” do IPCA do mês. Os dois grupos contribuíram com cerca de 80% da inflação para abril. Entre os transportes, o principal responsável pela alta de preços foram os combustíveis que subiram 3,20%, com destaque para gasolina.