O governador Mauro Mendes (DEM) afirmou que de janeiro a outubro deste ano conseguiu pagar pouco mais de R$ 1 bilhão de dívidas herdadas por ele da gestão de seu antecessor, o ex-governador Pedro Taques (PSDB).
Segundo o democrata, quando assumiu o Estado, os restos a pagar totalizavam R$ 3,7 bilhões. Apesar do esforço, ele disse que ainda este ano não será possível saldar todo esse passivo.
“Já pagamos mais de R$ 1 bilhão, estamos chegando próximo a R$ 1,5 bi que já conseguimos limpar de dívida do governo anterior. É muita coisa, mas graças a Deus conseguimos e queremos até o final do ano melhorar um pouco mais”, disse.
“Mas, infelizmente, não vamos conseguir zerar essa conta ainda no primeiro ano do nosso governo”, acrescentou.
Já pagamos mais de R$ 1 bilhão, estamos chegando próximo a R$ 1,5 bi que já conseguimos limpar de dívida do governo anterior. É muita coisa, mas graças a Deus conseguimos e queremos até o final do ano melhorar um pouco mais
As declarações foram dadas na noite da última segunda-feira (14), em entrevista ao programa Resumo do Dia.
Na ocasião, o governador listou alguns dos problemas encontrados por ele ao assumir o Paiaguás, entre os quais atrasos em pagamentos na área da Saúde, viaturas que deixaram de rodar em todo o Estado, em função de atraso no pagamento dos fornecedores de combustível, além de salários e décimo terceiro atrasados.
“Essa foi a realidade que encontramos. O Estado vinha com um desempenho muito ruim nos anos que nos antecederam. Para que pudéssemos consertar isso, tomamos medidas necessárias e que alguns chamaram de medidas duras”, disse.
“Graças a Deus isso já tem dado efeito. Começamos a colher os frutos. Nesse mês de outubro já pagamos o salário não mais em três parcelas, mas sim em duas; quitamos o 13º do ano de 2018 e estamos num processo de regularizar as contas de muitos fornecedores”, elencou Mendes, ao afirmar que, gradativamente, as contas do Governo vão apresentando sinais de melhora.
Alívio financeiro
Ele citou também o empréstimo US$ 250 milhões tomado pelo Estado com o Banco Mundial e que permitiu ao Estado quitar outro empréstimo feito ainda na gestão do ex-governador Silval Barbosa junto ao Bank of America.
A operação permitiu que o Estado passe a ter uma nova dívida, só que com melhores condições de pagamento: prazo alongado de quatro para 20 anos e com juros anuais passando dos atuais 5% para 3,5%.
“Esse empréstimo não foi um empréstimo que deixou dinheiro no caixa do Estado. Ele foi utilizado para pagar outra dívida. Mas ele foi muito importante, porque ganhamos no curto e médio prazo, ajudando a aliviar o caixa de Mato Grosso”, concluiu.