Todos os institutos de pesquisa mostraram ao longo da campanha eleitoral em Mato Grosso que o governador Mauro Mendes (União) seria reeleito em primeiro turno. O governante confirmou as pesquisas e, de quebra, foi o mais votado nos 141 municípios mato-grossenses, alcançando 1.114.549 votos que corresponderam a 68,45% da votação. A chapa vitoriosa foi a mesma que ganhou a eleição em 2018, com Otaviano Pivetta (Republicanos) de vice.
Mauro Mendes teve um palanque recheado com as principais lideranças mato-grossenses. A maioria da bancada federal e da Assembleia Legislativa apoiou sua reeleição. Dois senadores também vestiram sua camisa: Wellington Fagundes (PL) que foi reeleito, e Jayme Campos (União). Dos 141 prefeitos, 140 o apoiaram. Para a Presidência, o governante defendeu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi o mais votado em Mato Grosso.
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Mauro Mendes venceu três oponentes. A primeira-dama de Cuiabá e estreante em política Márcia Pinheiro (PV) que encabeçou uma chapa com o vice Vanderlúcio Pereira (PP), obteve 267.172 votos (16,41%). Uma dobradinha do PTB formada pelo Pastor Marcos Ritela com o vice Alvani Manoel Laurindo, recebeu 233.543 votos (14,34%), ambos novatos em política. E Moisés Franz com o vice Frank Melo, ambos do PSOL, cravaram 12.948 votos; Franz concorreu ao governo na eleição em 2018.
Por algumas vezes Mauro Mendes teve que se afastar da campanha para acompanhar a primeira-dama Virgínia Mendes, que no período submeteu-se a uma cirurgia na capital paulista. Virginia Mendes teve rápida recuperação e participou da chamada reta final da disputa.
Por tratar-se de campanha chamada manga curta e por seus afastamentos, Mauro Mendes não foi a todos os municípios, mas visitou os polos regionais. Em seus encontros com apoiadores e eleitores, o governador falava sobre seu governo e os planos para os próximos quatro anos. Apesar dos ataques sofridos, o governante não revidava e procurava manter o nível do debate o mais alto possível. Sua postura foi reconhecida. O eleitor optou por reelegê-lo levando em conta seu desempenho administrativo e a execução de um mandato sem escândalos.
Em todas as regiões Mauro Mendes pode apresentar o saldo positivo de seu governo, e esse desempenho teve grande aceitação popular, o que aplainou os caminhos para a reeleição.
Em Cuiabá, dentre outras conquistas, anunciou a construção da primeira ferrovia estadual brasileira, a Senador Vicente Vuolo, em obras para ligar Rondonópolis e Cuiabá, Nova Mutum e Lucas do Rio Verde. Essa matriz de transporte é antigo sonho cuiabano e sua concretização é um marco na história mato-grossense.
Em Água Boa e Cocalinho, no Vale do Araguaia, o governador citou a pavimentação da Rodovia do Calcário (MT-326) entre aquelas cidades e cruzando Nova Nazaré, além da construção da maior ponte mato-grossense, com 483 metros de extensão, sobre o rio das Mortes, que aposentou as balsas que faziam a travessia.
Em Barra do Garças e Alto Araguaia o governador citou a conclusão da pavimentação da MT-100 entre aquelas cidades e cruzando os perímetros urbanos de Araguainha, Ponte Branca, Ribeirão, Torixoréu e Pontal do Araguaia. Essa rodovia é paralela ao rio Araguaia e com ela criou-se importante corredor de escoamento de commodities agrícolas de uma vasta região do Vale do Araguaia para o terminal ferroviário da Rumo Logística em Alto Araguaia.
Em Confresa, no Vale do Araguaia, o governador comemorou o lançamento da obra do Hospital Regional do Araguaia. Em Tangará da Serra, no Chapadão do Parecis; em Alta Floresta, no Nortão; e em Juína, no Vale do Arinos, Mauro Mendes também focalizou os hospitais regionais previstos para aquelas cidades e em construção por seu governo.
Investimentos nas áreas de saúde, segurança púbica e educação, e a valorização do servidor também foram lembrados por Mauro Mendes na campanha, como a estadualização do hospital da Santa Casa, em Cuiabá; construção de 200 leitos no novo Hospital Metropolitano de Várzea Grande, em parceria com a Assembleia Legislativa, e que foi importante no atendimento a pacientes com covid; instalação de unidades de terapia intensiva (UTIs) nas unidades de saúde em diversas cidades. Reforço do efetivo das policiais Civil e Militar; aquisição de armas e equipamentos para a segurança pública; aumento da frota estadual; construção, reformas e ampliações de escolas em todas as regiões; além de outras obras; e o reconhecimento ao trabalho do servidor público, ao qual foram oferecidos cursos de capacitação e melhoria do ambiente laboral e da remuneração salarial. Esse histórico administrativo apresentado juntamente com o demonstrativo do saneamento das contas públicas, que mostram um Estado adimplente e com aumento de receita corrente líquida, ao contrário daquele encontrado quatro anos antes, exibia ao eleitorado a essência do governo cujo titular pedia mais quatro anos de mandato.
A pandemia da covid atingiu Mato Grosso em cheio e exigiu pronta ação do governo. Até mesmo médicos admitiram que não estavam preparados para atuarem em UTIs. Porém, a Secretaria de Estado de Saúde entrou em ação com firmeza e do modo mais rápido possível. UTIs foram instaladas em vários municípios. O governo mobilizou aviões da Polícia Militar para o transporte de pacientes aos polos regionais de atendimento. Medicamentos, insumos e equipamentos médicos foram comprados. Não houve um escândalo sequer envolvendo o governo estadual em relação à pandemia, a exemplo do que aconteceu em alguns estados e até mesmo em municípios mato-grossenses.
Profissionais de saúde tombaram vítima da covid, que também vitimou servidores estaduais de outras áreas, além do deputado estadual Sílvio Fávero (PSL), que morreu aos 54 anos e foi sepultado em Lucas do Rio Verde, onde era domiciliado. O enfrentamento da doença revelou a organização funcional do governo Mauro Mendes e graças ao trabalho desenvolvido foi possível evitar que um número maior de mato-grossenses morresse.
A campanha de Mauro Mendes saiu de seu comitê central, ganhou as praças, os bairros, as cidades, vilas, a zona rural e os aldeamentos indígenas. A maioria aderiu ao projeto político do governante. Crianças, lideranças indígenas, quilombolas, jovens, estudantes, trabalhadores de toda a natureza, pessoas da terceira idade queriam abraça-lo. Formou-se uma grande corrente de pensamento em busca de desenvolvimento, crescimento econômico e melhoria do nível social. Foi nesse clima que a reeleição foi desenhada, aconteceu e foi comemorada pela população.
Mesmo vitorioso e à espera da diplomação para a posse, Mauro Mendes não cruzou os braços. Acompanhado por Virgínia Mendes e assessores participou da conferência do clima COP27 promovida pela ONU no balneário egípcio de Sharm el-Sheikh e, juntamente com os demais governadores da Amazônia Legal, defendeu os interesses econômicos mato-grossenses na produção de commodities agrícola, destacando que 62% dos 903 mil km² de Mato Grosso são preservados em nome da política da produção ecologicamente correta.
Além da reeleição, Mauro Mendes ainda tem outras vitórias eleitorais para comemorar. Conseguiu ser majoritário na bancada federal, incluindo o senador Wellington Fagundes. Na Assembleia Legislativa sua vitória também foi folgada pois a maioria dos reeleitos e novatos apoia seu governo.
Em suma: Mauro Mendes sai das urnas fortalecido politicamente e com quatro anos para exercer o novo mandato num Estado com as finanças saneadas, com superávit de receita orçamentária, com importantes projetos em fase final de elaboração e outros em andamento, com o vice-governador Otaviano Pivetta perfeitamente entrosado com ele, e com forte apoio no Congresso, na Assembleia, nas prefeituras e câmaras municipais. Como diz um ditado de Goiás, a terra do governador, “Ele está com a faca e o queijo na mão”.
TRAJETÓRIA - Mauro Mendes presidiu a Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt) que lidera o Sistema Sesi/Senai, entre os anos de 2007/10 e em parte desse período foi vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em 2008 pelo grupo político do então governador e correligionário Blairo Maggi (PR), disputou a prefeitura de Cuiabá com a vice Professora Verinha (PT), que era deputada estadual, sendo batido no segundo turno por Wilson Santos (PSDB); o perdedor recebeu 114.432 votos e o vencedor 175.038.
Dois anos após a derrota para prefeito, Mauro Mendes voltou a perder, mas dessa vez para governador. Filiado ao PSB encabeçando uma chapa com o vice Otaviano Pivetta (PDT) recebeu 472.475 votos sendo batido em primeiro turno pelo governador Silval Barbosa (PMDB), com 759.805 votos; o vice de Silval foi Chico Daltro (PP). Em terceiro lugar naquele pleito ficou o tucano Wilson Santos, com 245.527 votos tendo de vice Dilceu Dal’Bosco (DEM). José Magno numa chapa partidária do PSOL com o vice José Roberto Cavalcante recebeu 5.771 votos.
Em 2012 Mauro Mendes novamente estava no palanque. Disputou e venceu em segundo turno a eleição para prefeito de Cuiabá, com 169.688 votos, filiado ao PSB, e com o vice João Malheiros (PR). Lúdio Cabral (PT) com o vice Francisco Faiad (PMDB) cravou 140.798 votos. Malheiros, o vice eleito, era deputado estadual e não quis assumir o cargo, por razão (ou falta dela) nunca revelada.
Governador em 2018. Repetindo a chapa de 2010 e os partidos a que eram filiados, Mauro Mendes e Otaviano Pivetta venceram a eleição em primeiro turno com 840.094 votos. O senador Wellington Fagundes (PR) com a vice Sirlei Theis (PV) ficou em segundo com 280.055 votos. O terceiro foi o governador tucano Pedro Taques, que tentava a reeleição numa chapa com Rui Prado (PSDB) e que recebeu 271.952 votos. Arthur Nogueira (Rede) com o vice Sadi da ONG (PPL) cravou 24.689 votos. O último colocado foi Moisés Franz dobrando no PSOL com o Enfermeiro Vanderlei da Guia, com 14.724 votos.
ELE – Mauro Mendes Ferreira nasceu em Anápolis (GO) no dia 12 de abril de 1964. Reside em Cuiabá desde os 16 anos. É empresário e engenheiro eletricista pela Universidade Federal de Mato Grosso onde militou no Diretório Central dos Estudantes.