O governador Mauro Mendes (DEM) e o deputado Emanuelzinho (PTB) entraram em rota de colisão por conta do fiasco que se tornou a obra do VLT em Cuiabá. Mauro, criticado pelo parlamentar, que acusa a falta de transparência nos estudos que vai definir o futuro do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), disse que o Governo estaria tratando “às escondidas” a substituição do modal pelo BRT (Transporte Rápido por Ônibus).
Nesta quinta-feira (24), MM rebateu dizendo que o filho do prefeito Emanuel Pinheiro não tem procuração para falar em seu nome e que não liga para conversa fiada.Mauro explicou que, uma comissão foi nomeada para apresentar alternativa que irá por fim na briga judicial do VLT, após o contrato do Estado e consórcio responsável pela obra ter sido reincidido pela Justiça Federal.
“Por enquanto é técnico. Já teve conversa fiada demais ao longo de cinco anos e não resolveu. Foram muitos anúncios, muitas reuniões, muito blá blá blá. O meu estilo é diferente, é resultado na hora certa e as prefeituras já foram chamadas”, argumenta.
“Por enquanto é técnico. Já teve conversa fiada demais ao longo de cinco anos e não resolveu. Foram muitos anúncios, muitas reuniões, muito blá blá blá. O meu estilo é diferente, é resultado na hora certa e as prefeituras já foram chamadas”, argumenta.
Mauro detalhou que o Executivo tem atuado em conjunto com membros da Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana e as prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande para encontrar uma solução para o modal. Um estudo final sobre a obra do VLT, que já consumiu mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos, será apresentado até o fim do próximo mês.
O embate entre os dois políticos começou após Emanuelzinho declarar que hoje existe pouca transparência no Governo. “Pouca gente sabe o que se gastou efetivamente e, muito menos ainda, o que se tem a gastar. O Governo do Estado encomendou um estudo de viabilidade técnica junto à Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana, mas não chamou um deputado sequer para participar e ninguém sabe o que está acontecendo”, criticou.O deputado também disse que tentou implementar na Câmara a criação de uma Comissão Externa de Fiscalização para acompanhar o impacto financeiro que a obra poderia causar.
O deputado federal Emanuelzinho (PTB) defende que a conclusão do VLT seria mais barata do que começar a construção de um BRT “do zero”. Em entrevista ao Conexão Poder, ele avalia que o modal, que já consumiu cerca de R$ 1 bilhão, não concluído por falta de vontade política e cita que pode haver interesses obscuros.
Ele argumenta que técnicos que vistoriaram os trilhos e os vagões do VLT garantem as boas condições do modal e que além da disposição do Governo Federal, em colaborar com a continuidade das obras, há um financiamento de R$ 200 milhões aprovado, além disso, a bancada federal está disposta em conceder emendas parlamentares para a obra.
“A gente pode fazer a pressão que for, mas o que vai contar é a vontade do Governo do Estado se quer ou não fazer”, declarou.Ele comenta que em sua avaliação o sistema de parceria público privado seria o ideal para implantar o modal.“Então é uma conjuntura de forças políticas, porque daqui há pouco, se não mexer com isso acaba o mandato. Temos que mexer, pois há muitos interesses, quem sabe obscuros nessa questão do VLT, mas temos que jogar luz nessa situação", disse ao Conexão Poder.