A entrada do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) na linha de frente da campanha da esposa, Márcia Pinheiro (PV) ao Governo do Estado deu um novo fôlego à oposicionista nesta semana. Os resultados já foram detectados na última pesquisa que mostrou um significativo crescimento da candidata na preferência do eleitorado mato-grossense.
Segundo o CO Popular apurou junto à coordenação da campanha de Márcia Pinheiro, nos próximos dias, as ações devem ser intensificadas dentro de uma nova estratégia visando ampliar o alcance das mensagens da candidata e de suas propostas. A expectativa é de que a presença de Márcia ao lado de Emanuel Pinheiro nos municípios do interior e, em especial nos eventos políticos na baixada cuiabana, impulsione mais fortemente a candidatura.
A meta de Márcia Pinheiro é reduzir ao máximo nas próximas duas semanas as chances do pleito ser decidido em primeiro turno como sonha o candidato à reeleição, Mauro Mendes (UB).
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Para virar o jogo, a coordenação da campanha oposicionista conta também com a alta popularidade e índices de aprovação da administração de Emanuel Pinheiro na prefeitura da Capital. Com um cartel substancial de obras de grande impacto nas áreas social, de mobilidade, saúde, educação e urbanização, o prefeito tem uma grande reserva eleitoral que pode ser transferida em boa parte para alavancar a campanha da esposa. A partir dessa análise dos especialistas em marketing político-eleitoral, as chances de forçar um segundo turno se tornam ainda mais concretas.
Os observadores e analistas políticos apontam que a vantagem de Mauro Mendes, que há poucos dias corria sozinho na pista para renovar seu mandato por mais quatro anos, não é sustentável nesta reta final. Para os especialistas em pesquisas, Mauro Mendes já bateu no seu teto de crescimento, estando agora em uma curva descendente natural.
As pesquisas tem ainda um grande componente de falta de confiança e erros flagrantes são apontados. Como ocorre com a pesquisa Ipec/TV Centro América, divulgada no dia 31 de agosto. Naquela pesquisa, Márcia e Mendes apareceram empatados na rejeição, com 20% cada um. No entanto, a soma do total das rejeições de todos os candidatos deu 109%. Um forte indicador de manipulação de dados.
Conhecedor dos subterrâneos das campanhas eleitorais e dos truques para convencer os eleitores de um resultado prévio com uso de pesquisas, um ex-deputado, que hoje integra a oposição à Mauro Mendes foi contundente. “Essa última pesquisa, anunciada ontem (quinta-feira,15) pela Rede Globo, deu mais de 60% de votos para Mauro Mendes, isso é uma enganação, pura peça de propaganda. É totalmente irreal. Mas, mentira tem perna curta e o povo não é bobo. Mendes é governador há quatro anos, cometeu muitos erros na administração, tem um grande desgaste junto aos servidores públicos. Além disso, tem uma parte entre 35% e 40% da população que não vota nele de jeito nenhum até por questões ideológicas.
E onde estão esses eleitores nas pesquisas divulgadas?
O fato é que estão subestimando a capacidade crítica do povo e tentando manipular os eleitores com pesquisas com resultados fantasiosos”, argumentou o político.
Quem entende de campanhas eleitorais e vê de fora o cenário também aponta uma grande chance de Márcia Pinheiro virar o jogo nessa reta final da campanha e ir para uma segunda rodada de embate com Mendes.
“Ela [Márcia Pinheiro] é uma mulher inteligente, preparada e muito bem articulada. Tem um apelo muito forte junto ao eleitorado feminino, notadamente o eleitorado formado pelas mulheres mais pobres. Com a presença do prefeito na linha de frente das ações de campanha, a identificação natural entre a boa gestão dele na capital vai agregar muita força imediata às propostas de Márcia. O eleitor é muito sensível a essas imagens e comparações.
Não será surpresa que Márcia Pinheiro surpreenda com uma votação massiva e, de fato, a eleição tenha que ser decidida em um segundo torno”, ponderou um experiente publicitário e marqueteiro que teve papel de destaque nas emblemáticas campanhas eleitorais dos anos 90 em Mato Grosso e que pediu para não ser identificado pela reportagem por motivos éticos e profissionais já que segue no mercado atuando como consultor.