O PRB quer fixar sua posição de potência política relevante no cenário nacional e pra isso é preciso aumentar a presença no Congresso. Logo, as eleições municipais do ano que vem é importante, mas o foco mesmo é na potencial eleição ao Senado e em tomar o lugar da ex-juíza Selma Arruda (Podemos).
A revelação foi feita pelo deputado Adilton Sachetti, entregando também que o negócio é retornar de vez à vida pública, assim, se falhar o Senado, já é pré-candidato ou a prefeito de Rondonópolis (distante 220 quilômetros de Cuiabá).
“Com certeza, se houver essa cassação e houver nova eleição, eu vou primeiro disputar o Senado, depois a gente discute Rondonópolis. É claro que se isso ocorrer, é um período curto de campanha, um período curto pra organização, então você tem que se preparar agora”, disse em entrevista ao programa Resumo do Dia, durante o encontro do partido em Cuiabá, realizado no início deste mês, chamado de Capacita 10, espécie de fórum com workshops sobre posicionamento do marketing de candidatos em mídias sociais e aplicativos de mensagem instantânea para campanhas políticas.
Ele também falou sobre as composições para as câmaras municipais dos 141 municípios do Estado lembrando a importância de um trabalho feito com planejamento, sem atropelo do processo, cimentando as alianças já conseguidas sem desperdiçar novas. “O Republicanos está se preparando para ser um grande partido. Temos 32 deputados federais, somos fortes no Congresso Nacional. Queremos agora expandir, principalmente no nosso Estado”, disse.
Porém, como agressividade nunca foi muito do estilo Sachetti, ele contemporizou. “Mas não há nada nesse sentido [de estar com a candidatura aberta à vaga de Selma], tem que esperar pra ver o que vai acontecer e aí sim tomar posição”, esquiva-se.
Nessa linha, seguiu para defender o posicionamento de ter “chapa pura de vereadores”, mas não um candidato a prefeito de Cuiabá porque o diretório municipal ainda é novo e está sendo montado. “Vamos avaliar quem serão os candidatos e como nós vamos participar. Teremos candidatos sim, uma chapa pura de vereadores. Já estamos trabalhando muito pra isso e aí vamos trabalhar pra apoiar um candidato. Porque hoje não temos um candidato definitivo à Prefeitura e sim apoiaremos alguém que será candidato”.
O mesmo valeu para Rondonópolis, mas adaptado ao próprio nome, com os travamentos na agenda dependendo da justiça (o TSE ainda não julgou os recursos de Selma Arruda nem indicou data para tal).
“Estou me preparando para voltar à vida pública. Ainda tem a discussão sobre se haverá ou não novas eleições ao senado aqui, mas participei do último pleito. E também da prefeitura de Rondonópolis, estou me preparando para isso e trabalhando para construir uma aliança lá para poder disputar a eleição. Há dias tenho externado que serei um dos pré-candidatos, porque a candidatura mesmo só em março é que será definida”.