O deputado estadual Dilmar Dal’Bosco (DEM), um dos alvos da Operação Chapéu de Palha, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (9), negou participação no suposto esquema de fraude em licitação e pagamentos de propina.
A ação investiga o pagamento ilegal a agentes públicos por parte de três construtoras da região Sul do Estado.
Dilmar afirmou que o seu gabinete na Assembleia Legislativa sequer foi alvo da operação.
O próprio desembargador coloca que não podia ter nenhuma veiculação disso aqui, até porque não tem nem elemento
Conforme ele, a Polícia Federal cumpriu um mandado de busca na sua residência, em Sinop, mas não teria levado nada.
Ele ainda criticou a PF, afirmando que na decisão que autorizou a operação, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), determinou que os agentes fossem até o local com viatura descaracterizada para não dar veiculação ao caso.
“Meu nome está citado aqui para analisar se tem alguma coisa nesse esquema de licitação. Mas nem sei quem é esse pessoal. Eu não tenho nenhuma emenda para região Sul, não participei de nada disso aí”, disse ele em conversa com a imprensa.
“O próprio desembargador [Olindo Menezes] coloca que não podia ter nenhuma veiculação disso aqui, até porque não tem nem elemento”, acrescentou.
A defesa do deputado, representando pelo advogado André Albuquerque, afirmou que irá buscar informações junto ao processo judicial, para saber quais foram as razões que levaram à "exposição desnecessária" para com o parlamentar, além de outras medidas que entender serem necessárias.
A operação
Também foram alvos da ação o deputado estadual Ondanir Bortolini, o Nininho, e seu irmão, Humberto Bortolini, prefeito de Itiquira. Ambos são filiados ao PSD.
Ainda foram alvos os suplentes de deputado, Romoaldo Júnior (MDB) e Mauro Savi (DEM)
No total, a PF cumpriu 39 mandados de busca e apreensão em Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop, Alto Taquari, Itiquira, Juscimeira, Jaciara, São Pedro da Cipa, Dom Aquino, Alta Floresta e Votuporanga (SP).