O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) vai requerer a convocação do secretário de Estado de Educação, Alan Porto, e do chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, para prestarem esclarecimentos sobre o fechamento de dezenas de escolas estaduais promovidas pelo governo de Mato Grosso, sob o argumento de corte de gastos. A situação é especialmente grave no caso de escolas rurais e dos 21 Centros de Educação de Jovens e Adultos (Ceja) do estado. O primeiro a ter o fechamento oficializado é o Ceja Anísio Spínola Teixeira, em Diamantino. Lúdio deve apresentar o requerimento no retorno das sessões na Assembleia Legislativa, na próxima semana.
“O governador coleciona maldades contra a educação pública e acaba de anunciar mais uma: o fechamento de escolas estaduais, de todos os CEJAs em Mato Grosso, em um estado que tem quase 1 milhão de adultos que não conseguiram concluir o ensino básico. Outra maldade foi anunciar o fechamento de escolas rurais, que são a única oportunidade das crianças e jovens filhos dos trabalhadores do campo acessarem a educação. Além de anunciar um caminho de privatização dos Centros de Formação dos Profissionais da Educação Básica (Cefapro)”, afirmou Lúdio.
Na avaliação de Lúdio, essas medidas são fruto da mentalidade do governador Mauro Mendes (DEM), que está mais preocupado em economizar do que prestar serviços essenciais à população. “O governador, que pensa com a cabeça de patrão, quer reduzir custos e economizar, sem levar em consideração o custo social que essa economia produz, sem entender que o papel mais importante que o Estado tem é tornar realidade os direitos da população. Um Estado que gasta cada vez mais e mantém privilégios para os barões não pode desmontar dessa forma a educação pública estadual. Não podemos aceitar isso. Nós vamos resistir e lutar contra isso na Assembleia Legislativa”, disse.
Lúdio observou que essas medidas tomadas pela Seduc se somam a uma série de outras medidas que precarizaram ainda mais a educação pública, desde o início do atual governo. “Já não basta a maldade de acabar com a gestão democrática, desrespeitando a legislação estadual, e adotar um critério de escolha de diretores das escolas completamente equivocado, no período de campanha eleitoral. Já são muitas as maldades que vêm se acumulando desde o primeiro dia do mandato desse governador”, afirmou.