06 de Outubro de 2024

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POLÍTICA Quarta-feira, 16 de Novembro de 2022, 10:27 - A | A

Quarta-feira, 16 de Novembro de 2022, 10h:27 - A | A

PERFIL

Conciliador Wellington vence disputa ao Senado

Eduardo Gomes/Especial para o CO Popular

Wellington Fagundes (PL) reelegeu-se senador por Mato Grosso com 825.229 votos (63,54%). A chapa de Wellington tinha o empresário e ex-chefe da Casa Civil de Mato Grosso, Mauro Carvalho (União), na primeira suplência, e Rosana Martinelli (PL), na segunda; Rosana foi vice-prefeita e prefeita de Sinop. Wellington figurou em primeiro lugar em todas as pesquisas de intenção de voto divulgas ao longo da campanha. Sua reeleição, com folgada margem de votos, era esperada pela classe política. 

A disputa ao Senado foi travada por seis chapas e além delas uma foi impugnada. Wellington ficou em primeiro lugar seguido pelo produtor rural e sindicalista Antônio Galvan (PTB), com 327.00 votos (25,95%); vereador por Cuiabá, Kassio Coelho (Patriota), com 52.940 (4,08%); professor universitário Feliciano Azuaga (Novo), com 33.167 (2,55%), médico Jorge Yanai (DC), com 27.937 (2,15%); e o advogado José Roberto (PSOL), com 22.491 (1,37%).

O deputado federal Neri Geller (PP) pediu registro de candidatura, mas a Justiça Eleitoral não o aceitou por conta de sua recente cassação em razão de crimes eleitorais de abuso de poder econômico que teria cometido na campanha em 2018 quando concorreu à Câmara. A decisão contrária ao candidato aconteceu após a inclusão de seu nome à urna eletrônica, e anulou os 310.481 votos recebidos por ele.

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) que não conseguiu a reeleição foi apoiado por Wellington, Galvan, Kassio e Yanai. Azuaga defendeu o nome de Felipe d’Ávila (Novo) e José Roberto manteve neutralidade embora seu partido estivesse coligado com Lula da Silva (PP). Neri vestiu a camisa de Lula.

Com essa vitória Wellington iguala-se à Jonas Pinheiro (PFL/DEM) o primeiro mato-grossense após a divisão territorial que criou Mato Grosso do Sul a conquistar dois mandatos consecutivos no Senado: em 1994 e 2002; Jonas morreu no exercício do cargo. Porém, Wellington não superou Blairo Maggi (PR), que em 2010, recebeu 1.073.039 votos sendo a maior votação para o cargo e o primeiro político mato-grossense a superar um milhão de votos em um só pleito.

Com Rosana sendo revestida da suplência no próximo ano, a mulher estará presente nas três chapas que representam Mato Grosso no Senado: Rosana com Wellington; a empresária Margareth Buzetti (PP) que é primeira suplente de Carlos Fávaro (PSD); e com Cândida Farias (MDB), que foi eleita segunda suplente de Jayme Campos (União) em 2018, mas que em razão da eleição do primeiro suplente Fábio Garcia (União) para deputado federal torna-se a única suplente de Jayme.

O mandato que chega ao fim em janeiro Wellington conquistou em outubro de 2014 com 646.344 votos tendo na suplência Jorge Yanai (DC), que é o médico há mais tempo em atividade em Sinop, e o professor universitário aposentado Manoel Motta (PCdoB), que reside em Rondonópolis.

No Senado Wellington coordena a Frente Parlamentar de Logística de Transportes e Armazenagem (Frenlog) e integra o Bloco Parlamentar Vanguarda composto pelos sete senadores liberais e os dois petebistas.

Em Mato Grosso preside o PL. WELLINGTON – Wellington Antônio Fagundes, 65 anos, nasceu em Rondonópolis, onde reside. É casado com a cirurgiã dentista e empresária Mariene de Abreu Fagundes e o casal tem dois filhos: João Antônio Fagundes e Diógenes de Abreu Fagundes; é sogro da deputada estadual reeleita para o terceiro mandato, Janaína Riva (MDB), que pelo segundo pleito consecutivo recebeu a maior votação ao cargo, em Mato Grosso. Minervina e João Antônio Fagundes, o João Baiano, pais de Wellington, foram pioneiros em Rondonópolis, onde ambos morreram e estão sepultados.

Empresário, técnico agrícola, médico veterinário, pós-graduado em Ciência Política pela Universidade de Brasília (UnB) e membro da Academia Brasileira de Medicina Veterinária, Wellington presidiu a Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Rondonópolis (ACIR) no período de 1983 a 1986. Em 1989 foi secretário municipal de Planejamento em Rondonópolis, nomeado pelo prefeito e seu primo Hermínio Barreto.

Wellington cumpriu seis mandatos consecutivos de deputado federal, sendo eleito ao cargo em 1990, 94, 98, 2002 e 2006, sempre pelo PL. Da Câmara licenciou-se no período de 27 de fevereiro a 22 de junho de 1999, para ocupar o cargo de secretário Extraordinário de Projetos Estratégicos do governo de Dante de Oliveira, nomeação essa que aconteceu casada com sua filiação ao PSDB, do qual se desligou em seguida.  

Conciliador e municipalista  

O perfil conciliador de Wellington é reconhecido até mesmo por seus adversários. Ao longo de 24 anos enquanto deputado federal sua grande marca em plenário foi o diálogo pelo entendimento acima das questões partidárias. Essa mesma postura ele adota no Senado, ao qual se dedica em tempo integral.

Esse espírito levou Wellington a formar aliança com o governador reeleito Mauro Mendes (União), contra o qual disputou o governo em 2018. O entendimento entre eles é tão forte, que Mauro Carvalho, o primeiro suplente de Wellington é uma das figuras mais próximas do governante.

Wellington coloca os interesses municipalistas em primeiro lugar. Nos 141 municípios mato-grossenses há obras e projetos sociais destinados por ele através de emendas ou articulações palacianas. Sempre pronto para atender, o senador não recusa chamadas telefônicas e todos os prefeitos sabem o número de seu celular, seno que algumas executadas com recursos internacional, a exemplo da Ponte Ministério Sérgio Motta, estaiada, com 327 metros de extensão, sobre o rio Cuiabá, entre a capital e Várzea Grande; essa ponte foi incluída ao Prograama de Perenização de Travessias e foi financiada pelo Banco Intesa Sanpaolo, a Itália.

Todas as grandes obras realizadas pelo governo federal em Mato Grosso nos últimos 32 levam a chancela parlamentar de Wellington.

O tom conciliador de Wellington é verdadeiro abre-alas em Brasília e ele garante trânsito livre na mais alta cúpula do poder. O presidente eleito Lula da Silva (PT) e o senador sempre mantiveram cordiais lações de relacionamentos. José Alencar, então vice-presidente de Lula e Wellington foram amigos.


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