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POLÍTICA Quinta-feira, 19 de Setembro de 2019, 09:25 - A | A

Quinta-feira, 19 de Setembro de 2019, 09h:25 - A | A

POLÍTICA

“Chega de clãs mandando nesse país”, defende Selma ao deixar o PSL

Senadora não escondeu o descontentamento ao se filiar ao Podemos

Laura Nabuco
O Livre

No dia anterior, Selma Arruda publicou vídeo em seu canal no YouTube garantindo aos eleitores que sua mudança de partido não significava um rompimento de relações com o presidente Jair Bolsonaro (PSL).

 
 

Seu ato de filiação ao Podemos na quarta-feira (18), entretanto, foi recheado de declarações que revelam um – no mínimo – descontentamento, se não com a forma de governo adotada até agora, com o relacionamento “intrapartidário” no PSL.

Emocionada, a senadora mato-grossense afirmou que suas lágrimas eram de “indignação” e convidou o também senador Major Olímpio, líder do PSL no Senado, para migrar para o Podemos junto com ela.

“Chega de clãs mandando nesse país”, disse Selma, destacando que o ex-correligionário também enfrenta “dificuldades” por “defender suas convicções”.

“Aqui é o lugar onde vocês vão ser respeitados e acolhidos”, ela completou, se dirigindo a outros integrantes do PSL presentes no ato.

No vídeo publicado um dia antes, Selma deixou claro ter ficado incomodada com o pedido do senador Flávio Bolsonaro (PSL) para que ela retirasse sua assinatura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que pretende investigar membros de tribunais superiores no país – a CPI da “Lava Toga”.

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De acordo com a senadora, mais do que o pedido em si, a forma como ele foi feito teria sido o problema. À revista Veja, ela afirmou que o filho do presidente estava “alterado” quando eles conversaram sobre o assunto por telefone.

Embora tenha sustentado que seu problema não é com o presidente Bolsonaro, no vídeo, Selma fez questão de ressaltar uma série de medidas do governo das quais discorda.

Entre elas, citou trechos da Reforma da Previdência e o que chamou de “enfraquecimento” do Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf.

 

A senadora amenizou o discurso destacando que divergências são normais até entre famílias e, principalmente, entre membros de um mesmo partido.

Em seu discurso no ato de filiação de Selma Arruda ao Podemos, Major Olímpio afirmou que a senadora tomou essa decisão “em um momento extremamente delicado”, mas por estar “do lado certo” e “alinhada com os compromissos que levaram Jair Bolsonaro a Presidência da República”.

 
 

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