Longe da disputa, mas de olho no pleito, o ex-governador Blairo Maggi (PP) garantiu que participará das próximas eleições somente como espectador. Prestes a transferir seu domicilio eleitoral de Rondonópolis para Cuiabá, o progressista disse que, enquanto eleitor e morador da Capital, avalia de maneira positiva a gestão do atual prefeito, Emanuel Pinheiro (MDB). Para ele, o emedebista tem grandes chances de reeleição, mas deverá enfrentar um adversário “competitivo” que virá do grupo do governador Mauro Mendes (DEM).
“O Emanuel provavelmente vai ser candidato à reeleição e a gente olha assim: ele está sendo um bom prefeito para a cidade? Eu não sei como está lá atrás, as contas dele, mas aqui fora, eu, como morador, estou gostando do trabalho dele. Ele tem chance de reeleição. Por outro lado, o governador Mauro Mendes é um adversário político dele e vai tentar fazer um candidato seu”, avaliou o ex-governador, em entrevista ao programa de rádio Chamada Geral.
O MDB já garantiu que terá candidatura própria em 2020, mas enfrenta aparente resistência de Emanuel, que alega questões familiares para não tentar reeleição. Apesar disso, nos bastidores, o prefeito se articula de maneira intensa para construir um arco de aliança robusto e garante com frequência que já tem pelo menos 10 partidos que o apoiam.
O DEM, segundo Emanuel, é um dos partidos que pretendem compor este grupo. As principais lideranças da sigla, no entanto, já assumiram a intenção de emplacar um candidato de oposição a ele e o desgaste fica cada diz mais evidente por conta da crise entre ele e o governador Mauro Mendes.
Para Blairo, as chances de consenso entre Emanuel e o grupo do governador são mínimas. “Eu acho que é por aí que vai acontecer o embate: o atual prefeito na reeleição contra um candidato que virá desse grupo que hoje está no poder no Estado. Eu vou ficar de espectador. Aliás, vou transferir meu titulo lá de Rondonópolis para votar aqui em Cuiabá. E acho difícil um consenso, porque ali são dois bicudos. Eles já não se acertam há muito tempo politicamente. Então, caminhar para uma candidatura única eu acho que não vai acontecer”, pontuou.
