Após pedido de vista e ter o julgamento adiado pela 2º vez no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o deputado estadual Carlos Avalone (PSDB), acusado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) de compra de votos nas eleições de 2018, acredita que ainda pode vencer e não ter o mandato cassado. A retomada do julgamento será nesta quinta-feira (10).
"Eu acredito ainda que dá pra vencer, as anotações jurídicas são muitos boas. Eu tenho convicção que vai dar para reverter, ou aqui, ou em Brasília, mas eu acho que até aqui é possível, porque pode mudar, houve pedido de vista", argumentou.
Segundo o parlamentar, o MPE diz na ação que não pode provar que houve realmente a compra de votos.
"O Ministério Público na alegação final diz que não conseguiu comprovar a compra de votos, porém, nós achamos que o dinheiro é dele e ele não prestou contas", explicou.
Avalone ainda salientou que foi mudada a acusação, mas ele não teve oportunidade de trocar sua defesa. "Mudou a acusação e não me defendi nisso, só no outro".
O parlamentar também lembrou o caso de Neri Geller (PP) que em setembro deste ano foi absolvido pelo TRE após vários pedidos de vista.
Entenda o caso
No dia 3 de dezembro o juiz substituto Jackson Coutinho do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) pediu vista do processo e ele foi adiado para 10 de dezembro. Este foi o segundo pedido do recurso. Carlos Avalone é acusado pelo Ministério Público por captação ilícita de recurso e abuso de poder econômico.
Em 4 de outubro de 2018 foi apreendido em Poconé (104 km ao sul de Cuiabá) a quantia de R$ 89,9 mil dentro de um carro cheio de adesivos e santinhos do então candidato a deputado Carlos Avalone. A apreensão ocorreu durante abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF).