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POLÍTICA Terça-feira, 01 de Outubro de 2019, 13:14 - A | A

Terça-feira, 01 de Outubro de 2019, 13h:14 - A | A

EX-SENADOR SE DIZ 'TRANQUILO'

Alvo da PF, Cidinho diz que "operação traz exposição desnecessária "

Por: FERNANDA ESCOUTO
Hiper Notícias

“Lamento essa exposição desnecessária”. A declaração é do ex-senador Cidinho Santos (PR), que foi alvo de busca e apreensão na Operação Carne Fraca, nesta terça-feira (1º). A ação da Polícia Federal investiga o pagamento de R$ 19 milhões em propina a auditores fiscais agropecuários federais em vários estados.

O mandado de busca e apreensão foi em dois endereços ligados a Cidinho. Policiais federais estiveram na sede da empresa União Avícola, em Nova Marilândia (a 270 km de Cuiabá), e em seu escritório em Cuiabá.

De acordo com as investigações, a propina era paga de diversas maneiras: em espécie, por meio do custeio de planos de saúde e até por contratos fictícios firmados com pessoas jurídicas que representavam o interesse dos fiscais.

“Estou tranquilo, porque essa pessoa investigada, que teria recebido vantagens indevidas, nunca atuou na minha empresa. Só acho que tudo isso foi desnecessário. Uma empresa que tem mais de 1300 funcionários receber uma acusação de termos pagado uma bonificação e plano de saúde para fiscal federal, o que não é verdade, só expõe a empresa”, disse Cidinho ao HNT/Hipernotícias.

“Isso é ruim perante aos nossos colaboradores, é ruim perante os nossos compromissos financeiros, mas tudo bem. É a vida, estou tranquilo. A empresa é séria, não é fachada. Temos um compromisso social. Gera empregos diretos e indiretos. Não é brincadeira”, completou.

Operação Carne Fraca

Cerca de 280 policiais federais cumprem 68 mandados de busca e apreensão em nove estados: Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal de Ponta Grossa, no Paraná.

A Carne Fraca foi deflagrada pela PF em março de 2017, quando foram abertas investigações contras as maiores empresas do ramo, como a JBS, dona das marcas Seara, Swift, Friboi Vigor, e a BRF, dona da Sadia e Perdigão, acusadas de adulterar a carne que vendiam nos mercados interno e externo.

O episódio gerou protestos do governo do então presidente Michel Temer e até de setores da oposição, que reclamaram que o anúncio da operação – apontada então como a maior já realizada pela PF no país – foi exagerado e afetava as exportações brasileiras.


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