Ao receber o documento que o torna apto a exercer o cargo de presidente da República a partir de 1º de janeiro de 2023, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou a importância da atuação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF) na preservação da democracia e das instituições democráticas do Brasil.
“A democracia não nasce por geração espontânea. Ela precisa ser semeada, cultivada e cuidada para que a colheita seja generosa para todos”,
afirmou o presidente eleito e diplomado na última segunda-feira, 12.
No discurso, ele exaltou “a coragem e a firmeza” das autoridades para assegurar a lisura do processo eleitoral.
“A história há de reconhecer sua coerência e fidelidade à Constituição”,
disse.
A defesa da soberania popular norteou boa parte do discurso do político durante a cerimônia de diplomação. Ele criticou a disseminação de notícias falsas sobre as urnas eletrônicas e enalteceu a eficiência dos equipamentos, reconhecida internacionalmente.
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Ataques à democracia:
Lula lembrou que as ameaças à democracia, no entanto, não são exclusividade do Brasil. Segundo ele, a democracia enfrenta um enorme desafio ao redor do planeta, talvez maior do que aqueles enfrentados no período da Segunda Guerra Mundial.
Ele citou o uso das redes sociais como meio de propagação de mentiras como exemplo do que já ocorre em países da América Latina e da Europa. O presidente eleito afirmou que o combate a esses mecanismos precisa se dar nas trincheiras da governança global, por meio de tecnologias avançadas e de uma legislação internacional mais dura e mais eficiente.
“Que fique bem claro: jamais renunciaremos à defesa intransigente da liberdade de expressão, mas defenderemos, até o fim, o livre acesso à informação de qualidade, sem mentiras e sem manipulações, que levam ao ódio e à violência política”.