A faccionada Nithiely Catarina Day de Souza, 19, a princesinha macabra, seguiu para audiência de custódia no fim da tarde de quinta-feira (3), depois de ser autuada pelo homicídio qualificado por tortura e meio cruel e ocultação de cadáver de Gediano Aparecido da Silva, 19, em Lucas do Rio Verde (354 km ao norte).
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Nas redes sociais a disciplina da facção Comando Vermelho (CV) se identificava como Emanuelly Sousa, que segundo ela era o nome usado ao atuar como garota de programa.
Em depoimento, acompanhada pelo advogado, negou a participação na decapitação da vítima.
Mas segundo o delegado Marcello Henrique Maidame, durante o depoimento foram feitas as confrontações entre as tatuagens que a acusada ostenta no corpo e as imagens do vídeo da execução, onde ela aparece ordenando que a vítima seja decapitada para evitar o som dos disparos. De acordo com Maidame, caberá ao sistema prisional escolher para qual unidade prisional ela será enviada.
Além da autuação pelo homicídio, Nithiely, que é natural de Campo Novo do Parecis, possui antecedentes criminais por furto, tráfico de drogas e ato obsceno, ao dançar nua nas ruas de Sorriso. Ao ser presa na tarde de quarta-feira, foi autuada ainda por tráfico de entorpecentes, ao assumir ser dela a droga encontrada na casa onde estava com 3 rapazes que lhe davam abrigo.
O traficante Gediano teve a morte decretada pela disciplina da facção em decorrência da prática da cabritagem, segundo informou Maidame. Ele passou a comprar droga de outro fornecedor que não era faccionado do CV, infringindo as regras da facção. O corpo foi localizado boiando no rio Piranhas e a cabeça jogada dentro de um conteiner no dia 26 de janeiro. Além da acusada, outro envolvido foi preso logo após a localização do corpo e teve o veículo com vestígios de sangue apreendido, bem como a possível faca usada na execução. As investigações continuam para realizar a prisão de outros envolvidos no crime, informa Maidame.
Nithiely era adepta das redes sociais, não só para captar os clientes para programas sexuais, mas ostentava joias, dinheiro e armas de fogo, característica de faccionados. Foi também pelas redes sociais que desafiou a polícia quando passou a ter seu nome ligado ao assassinato cruel do traficante.