Policiais Militares do Projeto Patrulha Maria da Penha prenderam A.M.C., de 23 anos, por descumprir medida protetiva. Ele procurou a ex- mulher na tarde desta segunda-feira (12.08), em Cuiabá.
A jovem de 18 anos acionou os policiais, por meio do telefone destinado às vítimas atendidas e monitoradas pelo projeto Patrulha Maria da Penha da PM. A vítima denunciou que seu ex-marido foi até seu local de trabalho tentar conversar com ela.
O ex-marido é apontado como responsável por ter hackeado às redes sociais e ter se passado pela vítima; atendendo ligações e respondendo mensagens de aplicativos. A mulher disse ainda que A.M.C. também teria ido até sua residência na noite anterior.
O homem, que foi preso trabalhando em um shopping localizado no bairro Prainha, confessou que procurou a ex- mulher. A.M.C. disse ainda que foi até a vítima para informar que já havia devolvido o acesso as suas redes sociais.
O suspeito foi encaminhado à delegacia de polícia por descumprimento de medida judicial determinada pela 1ª Vara de Violência Doméstica, a qual estabelece que A.M.C. mantenha o limite mínimo de 500 metros de distância da vítima.
Patrulha Maria da Penha
A Polícia Militar executa projetos específicos de proteção e defesa dos direitos de mulheres vítimas de violência doméstica e familiar em seis municípios mato-grossenses, Barra do Garças, Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Tangará da Serra e Sinop.
Em três destas cidades – Cuiabá, Várzea Grande e Barra do Garças - as ações fazem parte do sistema de rede, a ‘Patrulha Maria da Penha’, realizadas em parceria com Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, Polícia Judiciária Civil, entre outros órgãos, e têm como base do atendimento a medidas protetivas decretadas pela Justiça.
Nos outros três municípios os projetos ainda são individuais, desenvolvidos pela própria PM, porém há discussões em andamento para torná-los redes de proteção nos moldes da ‘Patrulha’.
Todas as ações têm como foco as garantias da Lei Maria da Penha. A ‘Patrulha’ teve início na cidade de Barra do Garças, em junho de 2018, e se estendeu para Cuiabá e Várzea Grande.
Na capital mato-grossense, a Polícia Militar acompanha e monitora de perto 157 mulheres que já sofreram algum tipo de agressão, seja verbal, física ou até ameaças de homens com os quais mantinham algum tipo de relacionamento íntimo e de confiança.
Somente de março a julho deste ano o projeto já atendeu 120 mulheres vítimas de violência, com medida protetiva de urgência expedida pelo Poder Judiciário. Em 10 bairros da Ccpital, além das medidas judiciais, o monitoramento feito pela PM gera outros serviços às mulheres que incluem, por exemplo, assistência social.