Imagens que circularam em redes sociais nesta terça-feira (17) mostram dois detentos da Penitenciária Central do Estado (PCE), localizada em Cuiabá, com diversos ferimentos nas costas. As agressões teriam sido cometidas por outros detentos durante sessões de “salve” (sessões de espancamento para quem desobedece e atrapalha a facção criminosa Comando Vermelho).
Os espancamentos aconteceram durante a “Operação Elison Douglas”, que visa retirar “regalias” dos detentos da maior unidade penitenciária de Mato Grosso. Durante a ação que durou, do dia 12 de agosto até o 12 de setembro, foram apreendidos 171 celulares, 506 chips, 12 baterias avulsas, armas artesanais, além de 352 cadernos com anotações nas celas dos detentos.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (Sesp), os detentos agredidos receberam atendimento na enfermaria da penitenciária e foram removidos das celas de onde estavam para outra unidade prisional. O local, no entanto, não foi informado pela pasta.
Em um vídeo que a reportagem teve acesso, dois detentos não identificados, afirmam que foram torturados pelos presidiários conhecidos como, "Borracha" e "Baiano".
A Polícia Civil vai investigar as agressões. A direção da unidade irá instaurar um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD).
Limpeza na PCE
Com a limpeza e retirada de privilégios das celas, como freezers, micro-ondas, forno elétrico, aparelhos musicais, televisores e até churrasqueira, foi possível fazer obras e ampliar mais 137 leitos.
O secretário de Segurança Pública, Bustamante avaliou que a primeira fase da operação na PCE foi bastante satisfatória, resultando em um local mais salubre, organizado e que possibilitou a ampliação de leitos aos recuperandos.
“A primeira fase se encerra completados os 30 dias. Agora, passamos para outras atividades, que são os procedimentos internos, como a mudança na data das visitas e a quantidade de alimentos para dentro dos presídios, tudo para termos um melhor controle.