A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DEDM) de Tangará da Serra cumpriu o mandado de prisão preventiva contra um jornalista suspeito de agredir a companheira, no último sábado, 17, durante uma confraternização de final de ano da empresa.
O mandado de prisão contra o suspeito foi expedido pela Terceira Vara Criminal de Tangará da Serra na tarde de quarta-feira, 21, e cumprido poucas horas depois pelos policiais da DEDM. O suspeito responde pelos crimes de lesão corporal e violência psicológica no âmbito da Lei Maria da Penha.
Já nesta quinta-feira, 22, o suspeito foi ouvido e segundo o delegado da DEDM, Gustavo Espíndula, o mesmo permaneceu em silêncio.
No dia dos fatos, o suspeito e a vítima estavam na confraternização quando iniciaram uma discussão motivada por ciúmes da parte dele, ocasião ele a agrediu com socos no rosto.
A vítima foi socorrida por amigos e pessoas que estavam no local e encaminhada para Unidade de Pronto Atendimento, onde foi realizado o acionamento da Polícia.
Assim que tomou conhecimento da ocorrência, a equipe da Delegacia da Mulher de Tangará da Serra iniciou a apuração dos fatos, ocasião em que a vítima ao ser ouvida, negou ter sido agredida pelo companheiro e alegou que ela mesmo havia se agredido.
Porém as lesões da vítima não condiziam com a versão apresentada por ela, além de também não bater com outras provas como oitiva de testemunhas e vídeo que mostrava o momento dos fatos.
Segundo o delegado, durante a oitiva da vítima ficou claro que ela estava sendo manipulada e sofrendo violência psicológica. Diante dos fatos, o delegado representou pela prisão preventiva do suspeito que foi deferida pela Justiça.
“A prisão do agressor foi possível graças a um trabalho de excelência realizado por toda equipe da DEDM, que não mediu esforços na coleta de provas que comprovaram e reforçaram a atuação do investigado nos crimes de lesão corporal e violência psicológica, uma vez que a vítima estava sendo induzida a negar os fatos”, disse o delegado.
O suspeito, após a oitiva, foi conduzido ao Instituto Médico Legal (IML) para o exame de Corpo Delito e em seguida conduzido ao Centro de Detenção Provisória (CDP) aonde passará por Audiência de Custódia de forma online.
Conforme o Delegado, o suspeito responderá por violência psicológica e lesão corporal, uma vez que os casos de ameaça e injúria necessitam de representação, o que a vítima nega fazer.