24 de Abril de 2025

ENVIE SUA DENÚNCIA PARA REDAÇÃO
logo

POLÍCIA Quinta-feira, 12 de Setembro de 2019, 10:25 - A | A

Quinta-feira, 12 de Setembro de 2019, 10h:25 - A | A

TENTATIVA DE FEMINICÍDIO

Grávida esfaqueada pelo marido em Cuiabá pede doações para recomeçar

Gazeta

Com 8 meses de gravidez, Emily Amorim da Silva, 18, foi atacada pelo companheiro e levou uma facada nas costas no domingo (8). O motivo: ela queria a separação por causa das constantes agressões. Ela sobreviveu, mas vive com medo de que o agressor retorne. Saiu de casa apenas com a roupa do corpo e mora de favor na casa de uma tia. Sem nenhuma roupa de bebê ou mesmo item de enxoval ela pede ajuda para recomeçar a vida.

 

Depois do susto, ela foi encaminhada para atendimento médico e levou 3 pontos nas costas. O médico alertou que caso a facada fosse um pouco mais para o lado teria matado sua primeira filha. Ela se relaciona com o pai da filha há dois anos. No começo o relacionamento era “perfeito”, porém, com o tempo começaram as agressões.

“A gente se conheceu por acaso. No começo a pessoa mostra para a gente só o melhor e depois se transforma. Ele me agredia muito, meu pescoço está todo arranhado de tanto que ele me enforcou”, relembra a gestante.

 

Na última briga, no domingo, ela voltou a falar que queria a separação e que não aguentava mais apanhar. “Ele não aceitou e me feriu. Ele me trancava dentro de casa para que eu não fosse embora. Imagino que ele também não aceitava nossa filha, porque não pensou nela quando me esfaqueou”.

Arquivo pessoal

Emily Amorim da Silva

 

 

Já na etapa final de gestação, Emily não tem nenhum item do pequeno enxoval que havia preparado. Isso porque o ex-companheiro ainda não foi preso e ela teme voltar à antiga casa e ser agredida novamente. “Fiquei sabendo por um parente que ele colocou fogo nas minhas roupas e nas da bebê. Ele fugiu e tenho medo que volte”.

 

O nascimento da primeira filha está previsto para outubro, mas ela não tem fraldas, itens de higiene, roupas ou mesmo um berço para que a menina possa dormir. Para Emily, apenas a ajuda das pessoas pode mudar o destino da bebê que carrega.

“Eu vim morar com a minha tia. Ela está desempregada e o marido ganha um salário mínimo. Não temos condições, a situação está bem apertada. Não sei como vou fazer, já que está tão perto do nascimento”, afirma a jovem.

 

A tia Edith é a única familiar em Cuiabá e faz o que pode para ajudar a sobrinha, com o pouco que tem. A família precisa de doações de roupas para a mãe e a bebê, alimentos e também móveis, porque a jovem pretende arrumar um local tranquilo para criar a filha.

 

“Estamos vendo com um conhecido para ele ceder duas peças para que eu possa morar com a minha filha depois do resguardo, mas como não tenho nada de casa, preciso de alguns móveis para poder recomeçar”, enfatiza Emily.

Para ajudar Emily e a família, basta entrar em contato pelo (65) 99288-7948.


Comente esta notícia

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Tangará Online (tangaraonline.com.br). É vedada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O site Tangará Online (tangaraonline.com.br) poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.


image