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POLÍCIA Quarta-feira, 07 de Dezembro de 2022, 11:12 - A | A

Quarta-feira, 07 de Dezembro de 2022, 11h:12 - A | A

SOB INVESTIGAÇÃO

Casos criminais em investigação envolvendo políticos e empresários devem abalar Mato Grosso em 2023

Redação

O ano novo não será tão feliz para alguns políticos e empresários de Mato Grosso que estão sob o crivo de investigações nas esferas Estadual e Federal.

Na esteira das investigações em andamento sobre financiamento e organização de atos ilegais de protestos e ataques terroristas promovidos por seguidores do ainda presidente Jair Messias Bolsonaro no estado, casos ainda mais escabrosos envolvendo políticos renomados e figurões do mundo empresarial do agro deverão vir à tona em 2023.

A reportagem do CO Popular está apurando em profundidade o andamento de algumas importantes ações de investigação abertas pelos ministérios públicos Federal e Estadual, pela Polícia Federal e pelo Gaeco para uma série de reportagens que serão publicadas ao longo do próximo ano.

Entre os vários casos cujas investigações correm em segredo de justiça estão crimes que vão de sonegação e evasão fiscal à facilitação ao tráfico e contrabando diversos; de desvio de recursos públicos, prevaricação e superfaturamentos até crimes contra a administração e peculato, passando por contratações irregulares, direcionamento de licitações, desmatamentos, invasões e garimpagem em áreas indígenas e reservas ambientais, entre outros.

Uma lista de irregularidades e ilegalidades que poderá trazer desfechos dramáticos para carreiras políticas e empresariais hoje consideradas sólidas e inabaláveis.

Entre os vários processos de investigação que terão novos desdobramentos em 2023 estão as operações Operação Rota Final, que apurou esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude à licitação do setor de transporte coletivo rodoviário intermunicipal, caso sob cuidados do Gaeco e do Naco; Res Capta, que apurou arrendamento de terras indígenas a fazendeiros; a Operação Usurpare, realizada em março deste ano com o objetivo de apurar crimes na aquisição e revenda de imóveis públicos por agentes políticos; Operação Via Áurea, executada para desarticular uma organização criminosa formada por pessoas e grupo de empresas envolvidos na compra de ouro provenientes de garimpos ilegais em Mato Grosso (MT), todas estas executadas pela PF e pelo MPF.

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Espera-se ainda, novos desdobramentos e consequências das operações Sinal Vermelho, que apurou fraude na licitação do sistema de semáforos inteligentes adquirido pela Prefeitura de Cuiabá; Operação Espelho que investigou irregularidades na execução de contratos de serviços médicos plantonistas para o Hospital Metropolitano de Várzea Grande e operação Overpriced, apurou irregularidades na aquisição de medicamentos pela Secretaria de Saúde de Cuiabá, investigações conduzidas pelo MPE/Gaeco e Deccor/Defaz-MT.

Segundo uma fonte ouvida pelo CO Popular junto ao Ministério Público Estadual e confirmada por fonte do Poder Judiciário, também terão desdobramentos importantes os processos originados pelas operações Operação Tempo é Dinheiro em que se apurou irregularidades cometidas pela empresa Rio Verde que gerencia o Ganha Tempo em Mato Grosso e Operação L'aranceto.

Esta última operação, desbaratou um esquema de uma associação criminosa envolvendo empresas que emitiam notas fiscais de saídas interestaduais de grãos sem o recolhimento de ICMS e a aquisição de soja diretamente de produtores rurais, sem notas fiscais e com comercialização interna e sonegação do Fethab.

As empresas do esquema chegaram a emitir notas fiscais que ultrapassaram o valor de R$ 227 milhões de reais em saídas interestaduais tributáveis de matéria-prima agrícola causando um prejuízo estimado em mais de R$ 23 milhões de reais ao Estado de Mato Grosso por ICMS não recolhido.

Em virtude dos sigilos judiciais a fim de não atrapalhar as investigações em curso, a reportagem do CO Popular não pode antecipar ainda informações sobre inquéritos abertos mais recentes pelos Ministérios Públicos do Estado e Federal, pela Polícia Federal e pelo Gaeco e pelas Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) e Delegacia Especializada de Crimes Fazendários (Defaz).


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