Alvo de um pedido de cassação por quebra de decoro parlamentar, o vereador Abílio Júnior, o “Abilinho” (PSC), mandou um recado aos colegas que fazem parte da base de sustentação do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Em entrevista ao programa Resumo do Dia, o parlamentar comentou sobre a representação que responde na Comissão de Ética sobre a suposta tentativa de invasão a residência do chefe do Executivo, em maio deste ano.
Abilinho, porém, ironizou a iniciativa. Segundo ele, um grupo de adversários políticos está querendo o “eleger” como o próximo prefeito de Cuiabá em referência a uma suposta condição de vítima, no caso de uma cassação, aumentar sua força política.
Ao comentar a representação, o vereador contou que ainda está “estudando” a possibilidade de disputar o palácio Alencastro. “Eu acho que eles estão querendo me eleger prefeito de Cuiabá. Não é minha intenção. Eu ainda estou estudando sobre isso. Mas acredito que a Câmara Municipal tá querendo fazer isso e eles estão querendo criar instrumentos para que eu possa me tornar o próximo prefeito dessa cidade”, ironizou.
Na sequência, Abilinho aproveitou para mandar um recado aos demais parlamentares. No caso de decidir ser prefeito da Capital, de disputar a eleição, e numa eventual vitória, ele “aconselhou” seus colegas a “cortar” as suas "mamatas" que tem na atual gestão. “Se eu me tornar um dia o próximo prefeito dessa cidade, espero que esses vereadores cortem as suas mamatas de ficar mamando na teta da prefeitura”, disparou.
O CASO
No dia 9 de maio de 2019, o vereador Abílio Junior foi parar na delegacia após uma confusão na casa do prefeito Emanuel Pinheiro, no bairro Jardim das Américas, em Cuiabá. O motorista da primeira-dama, Márcia Pinheiro, registrou um boletim de ocorrência alegando que o parlamentar de oposição teria ido até a residência para tirar fotos e fazer filmagens aéreas com o uso de um drone.
Abilinho, que nega as acusações, afirma que as obras eram “irregulares” e que um servidor da prefeitura de Cuiabá estaria atuando de forma “particular” para a família de Emanuel Pinheiro.