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GERAL Terça-feira, 01 de Julho de 2025, 11:07 - A | A

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Teste mostra que 5G sem fio é eficaz para conectar escolas em áreas remotas

Projeto-piloto do Ministério das Comunicações, em parceria com CPQD, Qualcomm, Intelbras e Brisanet testa com sucesso alternativa ao cabo e ao satélite para levar internet rápida a regiões remotas.

Redação

Uma nova porta se abre para conectar escolas públicas em áreas rurais e isoladas do Brasil à internet de alta velocidade. Um projeto-piloto liderado pelo Ministério das Comunicações (MCom), com apoio de parceiros como CPQD, Qualcomm, Intelbras e Brisanet, testou o uso da tecnologia 5G FWA (acesso fixo sem fio, em português) em três escolas do interior do Rio Grande do Norte, e o resultado surpreendeu: desempenho comparável ao da fibra óptica, com capacidade para atender aos parâmetros da Estratégia Nacional de Escolas Conectadas (ENEC).

Com cinco semanas de duração, o projeto-piloto avaliou o uso da tecnologia 5G FWA para fins pedagógicos em áreas remotas do Nordeste. Para isso, foram escolhidas três escolas rurais de localidades distintas do Rio Grande do Norte. O critério utilizado na seleção foi a distância entre a escola e a torre de transmissão do sinal 5G (ERB) da Brisanet — que, neste teste, variou de 1,6 a 4,7 quilômetros. Essas distâncias foram viabilizadas graças ao uso de equipamentos CPE externos, que permitem melhor captação do sinal da ERB.

“Temos o objetivo de conectar todas as 138 mil escolas da educação básica por meio do programa Escolas Conectadas. O resultado desse piloto mostra que o 5G FWA pode ser uma alternativa rápida e viável, complementando a fibra óptica e a conexão satelital. Isso acelera a implementação da nossa política pública e amplia as possibilidades de inclusão digital no país”, afirmou o ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho.

Durante os testes, o CPQD monitorou a infraestrutura de conectividade com coletas periódicas de indicadores de desempenho. Os dados mostraram velocidades médias por aluno satisfatórias, dentro dos padrões da ENEC (1 Mbps por estudante no maior turno). O desempenho foi consistente mesmo com variações na distância entre a escola e a antena de transmissão.

“A tecnologia FWA é uma alternativa estratégica para atender a demanda por conectividade, uma vez que pode ser implantada rapidamente e com custo reduzido em relação às soluções tradicionais, como redes de fibra óptica. Essa agilidade de implantação permite levar conexões de alta velocidade e qualidade a escolas localizadas em áreas remotas do país, ou com infraestrutura limitada”, explicou Gustavo Correa, gerente executivo de Soluções de Conectividade do CPQD.

“O resultado positivo dos testes traz boas perspectivas para o avanço da conectividade significativa em áreas rurais e áreas remotas, potencializando a inclusão digital e social e servindo de instrumento para a educação de crianças, jovens e adultos. Foi muito relevante para a Brisanet viabilizar os testes da tecnologia FWA 5G  nas escolas do RN, pois se conecta com o que já fazemos há 26 anos aqui na região Nordeste, que é levar conectividade onde ela é mais necessária”, pontuou Roberto Nogueira, CEO da Brisanet.

Expansão dos testes no DF

Em setembro de 2024, um primeiro piloto foi realizado no Distrito Federal, em parceria com o Governo do DF, CPQD, Intelbras, e as operadoras Claro e TIM. O foco foi testar o 5G FWA em ambiente indoor, em seis escolas públicas de regiões urbanas e populosas.

Utilizando a frequência de 3,5 GHz, os testes registraram velocidades de até 945 Mbps em uma das unidades escolares, segundo relatório técnico do CPQD. No total, 2.456 estudantes participaram da avaliação.

Os resultados reforçam o potencial da tecnologia como solução complementar às já existentes, especialmente em áreas onde a fibra óptica não chega ou seria de implementação demorada e onerosa.

Com a iniciativa, o Ministério das Comunicações avança no compromisso de levar internet de qualidade a todas as escolas brasileiras, promovendo equidade digital e abrindo novas oportunidades para a educação no século XXI.


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