Estamos no mês do movimento Novembro Azul, quando o mundo se volta às ações que chamem a atenção para a prevenção e diagnóstico precoce de doenças que atingem a população masculina. Entre essas doenças, o Movimento Azul enfatiza a conscientização ao câncer de próstata, que é o segundo mais comum entre os homens e que já matou somente no Brasil, segundo dados de 2018 do Atlas de Mortalidade por Câncer, mais de 15 mil homens.
Diante desses dados de mortalidade, o Instituto Médico de Diagnóstico por Imagem (IMEDI) desenvolveu várias ações de alerta para a importância da detecção precoce da doença em vista das chances de cura dela. A médica radiologista do IMEDI, Isabela Lemos, explica que o melhor caminho para esse processo de detecção precoce é a informação e a 'quebra de tabus'.
"Sabemos que ainda existe um grande preconceito quando falamos em saúde masculina, principalmente sobre o câncer de próstata. Além desses fatores externos e culturais - que já dificultam todo o processo - esse tipo de câncer tem um crescimento lento, levando até 15 anos para chegar a 1cm³ e, em sua maioria, o paciente fica assintomático. Por isso, parece repetitivo, mas é preciso falar, é preciso incentivar, explicar o processo de detecção", reforça.
Nisso, a médica orienta que os homens já com idade acima dos 50 anos (faixa etária que o câncer mais os acomete), que tenham histórico familiar da doença, etnia negra, obesidade, fiquem atentos a alguns sintomas. "O envelhecimento por si só já é um fator de risco, alinhado a ele, o sangramento urinário, dificuldade para urinar, ou ir ao banheiro muitas vezes, tanto de dia quanto à noite, são sintomas que podem estar associados ao câncer, que se observados podem auxiliar para que o homem busque ajuda médica", cita.
A investigação do câncer de próstata se inicia, de acordo com a radiologista do IMEDI, com a consulta médica, exame clínico, que traz o toque retal inicialmente. Outro exame é o de sangue, que inclui o PSA, e o mais promissor nesse segmento, que é a ressonância magnética.
"Esse exame é realizado através de um aparelho que emite pulsos eletromagnéticos, que interagem com o corpo do paciente e formam imagens anatômicas e funcionais. Dentro desse exame, a gente consegue avaliar e observar a anatomia da próstata e consegue classificar os achados dentro de baixa e alta suspeição e também indicar a biópsia. Mas ela (a ressonância), tem suas indicações, que vai desde o rastreamento, estadiamento de câncer, planejamento terapêutico, vigilância ativa ou seguimento após a cirurgia," analisa.
Isabela finaliza esclarecendo que o tratamento do paciente com esse câncer depende do estadiamento, que pode ser de seguimento clínico, tratamento hormonal, radioterapia e cirúrgico radical. Ela reitera que o câncer tem cura, mas que é necessário ter um diagnóstico preciso, seguro e precoce, com profissionais sérios, para que se obtenha sucesso no tratamento.
"Quanto mais cedo iniciarmos o processo de tratamento, mais chances de sucesso teremos. Aproveite o movimento do Novembro Azul, mas vá além dele e se conscientize o ano todo. Seja um homem de atitude e fique fora da estimativa de novos casos, que pode chegar a mais de 65 mil em 2020, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA)," conclui.
Facilidade - No intuito de contribuir com equidade na saúde, o IMEDI oferece à população que ganha até um salário mínimo e meio ou possua guia de exame do Sistema Único de Saúde (SUS), o Cartão Social. Com ele, o paciente pode ter acesso a diversos exames do Instituto, incluindo a ressonância magnética. Neste exame - o mais avançado na detecção do câncer de próstata - o paciente recebe, sendo usuário do cartão, um desconto de 50% e ainda consegue parcelá-lo em até 12 vezes.