O deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT), Eduardo Botelho (DEM), disse que não é “pau mandado” e que não aceitará candidaturas do Partido a prefeitura de Cuiabá, nas eleições de 2020, que sejam postas “goela abaixo”. As declarações foram dadas durante o programa A Notícia de Frente, da TV Vila Real, da última segunda-feira (26).
Eduardo Botelho comentava sobre a “influência” do governador Mauro Mendes (DEM) no diretório municipal do Partido, em Cuiabá. “Evidentemente que ele tem uma opinião muito forte. E podemos dizer que tem alguns dentro do Partido que acompanham o que ele fala. Mas não é o meu caso, não é o caso de Júlio Campos, não é o caso de Jayme Campos. Nós somos companheiros dele. Estamos junto com ele. Mas não somos, como nós costumamos dizer em Cuiabá, não somos pau mandado”, avisou Botelho.
Na sequência, o presidente da AL-MT foi questionado sobre a possibilidade do partido apoiar uma eventual reeleição do atual prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), nas eleições de 2020. Botelho lembrou que o DEM vem tentando viabilizar uma candidatura própria na Capital, mas admitiu que o grupo também não excluiu nenhum nome.
“Deixa eu ser bem claro com você e com todos. Não foi colocado nome de ninguém de fora do Partido. Não foi excluído Emanuel Pinheiro. ‘Ah, Emanuel Pinheiro esta vetado’. Não houve essa discussão. O que foi discutido foi: ‘O que nós vamos fazer com o Partido?’. Vamos montar uma chapa de vereador, colocar uma provisória, para montar uma chapa de vereador e trabalhar numa possível candidatura”, revelou o deputado estadual.
GOELA ABAIXO
Eduardo Botelho também comentou sobre a possível candidatura de Roberto França, nas eleições de 2020 a prefeitura de Cuiabá, pelo DEM. Assim como outras lideranças do Partido, ele se mostrou simpático ao projeto, porém, advertiu que não irá aceitar candidaturas impostas “goela abaixo”.
O presidente da AL-MT também lembrou que nem mesmo Roberto França seria o “candidato nato” do DEM em 2020 para a prefeitura de Cuiabá, e que o “escolhido” deve “construir” a sua candidatura.
“O candidato é aquele que reunir as melhores condições. Nós não vamos empurrar ninguém goela abaixo. Se nós não damos o direito do Roberto França já entrar, e ser o candidato nato, porque vamos dar para outro que tiver menor condição que ele? Não, isso eu não vou aceitar. Se nós vamos trabalhar pra ser, então que entre no Partido e faça condição”.