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GERAL Quarta-feira, 14 de Agosto de 2019, 09:18 - A | A

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Peritos de MT se recusam a voltar aos quadros da PC

Folha Max

Durante consulta realizada pela Politec com servidores do órgão, os peritos criminais decidiram permanecer independentes da Polícia Civil, como ocorre há 30 anos. O resultado foi divulgado na noite de terça-feira (13.08). Em razão de um abaixo assinado realizado pelos papiloscopistas, a direção da Politec enviou questionários a todos os servidores do órgão, com o seguinte questionamento: “Você é a favor no retorno à Polícia Judiciária Civil (PJC)?”

De acordo com o presidente do Sindicato dos Peritos Criminais (Sindpeco), Antonio Magalhães, o “Sim” foi unânime entre os papiloscopistas, querendo retornar aos quadros da Polícia Civil. Assim, garantiriam dentro da Reforma da Previdência a aposentadoria especial, como nas carreiras policiais.

 

“Diferentemente de outros Estados, em Mato Grosso os peritos oficiais, técnicos de necrópsia e papiloscopistas perderam o porte de arma e estão ficando de fora da aposentadoria especial policial por terem bancado lá atrás, há quase 30 anos, a autonomia técnica e funcional, se desvinculando da Polícia Civil. É normal que nesse contexto, algumas carreiras procurem outras formas de garantir seus direitos”.

Para os peritos criminais, um eventual retorno à Polícia Civil traria retrocesso, pois significaria a perda da autonomia técnica e funcional. “Há anos somos chefiados por perito oficial de carreira, temos sedes próprias, orçamento próprio. Dentro do nosso compromisso com a verdade técnica e a ciência forense, a autonomia protege os peritos e a própria sociedade de qualquer possibilidade de interferência nos resultados das perícias que realizamos”.

Na avaliação do presidente do Sindpeco, o resultado da consulta da Politec entre os peritos criminais mostrou amadurecimento e comprometimento da categoria com a sociedade. “Mesmo que ainda tenhamos que continuar indo desarmados para locais de crime, andando centenas de quilômetros por dia sem qualquer auxílio policial e ter uma aposentadoria diferente da maioria dos peritos do Brasil, preferimos lutar por nossos direitos de cabeça erguida”.


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