A demanda por aparelhos eletrônicos, como computadores e celulares, cresceu cerca de 20% após o início da pandemia. O isolamento social, com a adesão ao home office e ao ensino à distância, fez disparar a procura pelos equipamentos. Em Cuiabá, o mercado continua aquecido com a proximidade do Natal. Empresas destacam, no entanto, que a demanda vem sendo atingida pela redução na oferta de produtos por parte dos fabricantes.
Na tarde de segunda-feira, 14, o servidor público Cláudio Lopes, 50, procurava um novo computador de mesa para o filho de 12 anos de idade, em uma loja de informática na Capital. “É para a diversão nesse período dentro de casa e também para ajudar nas tarefas escolares. Agora está sendo solicitado que sejam feitas todas as tarefas dentro de casa. Ele já tem um notebook, mas vamos comprar computador melhor”, explica o pai. O aparelho também é uma opção de lazer durante o isolamento social, com o uso de jogos digitais.
Mas não é apenas da demanda de pessoas físicas que sobrevive o mercado de eletrônicos. O empresário José Duarte, 64, também procurava uma impressora para sua empresa na área de comunicação visual. “Preciso fazer alguns serviços em formato maior e estou à procura de uma impressora em tamanho A3. Já tenho uma, mas está acabando a vida útil dela”.
De acordo com o empresário, a demanda por serviços caiu durante o começo da pandemia, mas voltou a crescer nos meses seguintes. Hoje, a média de atendimentos está em patamar similar ao do ano anterior, o que o motiva a fazer novos investimentos. “Temos que manter a esperança. Vamos entrar o ano com o pé direito”, almeja.
Na loja Kadri Informática, a supervisora Thuanny Falcão informa que a demanda cresceu em relação ao ano anterior. Apenas em novembro, a alta chegou a 25%. Notebooks, webcans e impressoras foram alguns dos itens que tiveram aumento mais significativo, além de computadores e celulares. “A pandemia e o isolamento social favoreceram as vendas, porque as pessoas passaram a trabalhar em home office e a estudar online”, pontua.
Na loja Gazin, o gerente adjunto Weverson Pena explica que a procura se manteve acima da expectativa após o início da pandemia, com alta de 20% na categoria de informática e celulares. “Acreditamos que é por conta do isolamento social e também pelo programa do governo de auxílio emergencial, além da nossa oferta de parcelamento sem juros”, enumera.