Agentes da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Itanhaém, no litoral sul de São Paulo (SP), prenderam duas mulheres que vendiam “terrenos fantasmas” na cidade.
Segundo a polícia, elas chegaram a usar uma criança autista na intenção de sensibilizar as vítimas para facilitar o crime e ficaram conhecidas na região como “musas do estelionato”. Em um dos casos, ambas chegaram a extorquir mais de R$ 50 mil em uma única venda. As informações foram publicadas em reportagem do G1 neste domingo (11/08/2019).
Maria Celene Luiz dos Santos, e Letícia Donner Brandão, foram localizadas quando investigadores da DIG cumpriram mandado de prisão expedido contra as duas, que já tinham passagens pela polícia e ainda respondem outros processos por estelionato.
Um dos crimes originou a denúncia acatada pelo Ministério Público do Estado (MP-SP). As duas agiam juntas. Enquanto Letícia apresentava-se como corretora de imóveis, anunciando lotes de terrenos nas redes sociais, Maria Celene fingia ser a dona do imóvel, justificando vendê-lo por um menor preço para arcar com as custas do tratamento de saúde do marido.
De acordo com a polícia, nenhuma levantou suspeita. Elas forjaram um contrato particular de compra e venda para dar veracidade às ações. Letícia assinou como testemunha e reconheceu firma em cartório, ao lado de um comparsa, e Maria Celene assinou como vendedora. Só neste, R$ 20 mil foram recebidos como sinal.