Responsável pela criação de inúmeros empregos diretos e indiretos e pela interiorização do desenvolvimento do país, a mineração na atualidade tem buscado nas inovações tecnológicas, o comprometimento com a preservação do meio ambiente e constante preocupação com as gerações futuras, otimizando os recursos e promovendo a sustentabilidade.
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No Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 05 de junho, o setor da mineração reafirma o engajamento com as melhores práticas e não só isso, demonstra através de atitudes concretas que a mineração pode ser sustentável e ecologicamente consciente.
Prova disso são os exemplos de onze empreendimentos da mineração brasileira escolhidos por entidades representativas para apresentarem seus resultados no seminário Mapeando os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) na Mineração Brasileira 2022, promovido pelo Ministério de Minas e Energia (MME), em Brasília (DF), na última semana de maio.
Dentre os participantes do setor minerário com boas práticas, duas eram cooperativas de garimpeiros – a COOGAMAI, do Rio Grande do Sul e a COOGAVEPE, de Mato Grosso - que apresentaram ações desenvolvidas no âmbito da legalização dos garimpos, através de permissões de lavra garimpeira, contribuição para a redução de acidentes de trabalho, diversificação econômica da região, além de recuperação de áreas, que uma vez revitalizadas, podem servir para práticas agrícolas, pecuária ou comerciais, como os exemplos turísticos na cidade de Ametista do Sul.
A implementação de placas solares nas minas também contribui para gerar energias limpas e renováveis e são muito utilizadas pelo setor atualmente, bem como a conscientização da reciclagem de peças e equipamentos de garimpo.
Ainda citando as boas práticas do setor que não afetam o meio ambiente, precisamos lembrar do reflorestamento de áreas lavradas, o trabalho da psicultura e projetos sociais que atendem as comunidades locais, tudo promovido com clareza e responsabilidade.
Voltando nossos olhos para a mineração artesanal, de pequeno e médio porte da baixada cuiabana, região rica em minérios, em especial a aurífera, é possível perceber o uso consciente do mercúrio, automatização das minas e consequente empregabilidade pautada nas leis trabalhistas.
Inclusive, essas boas práticas das minas da baixada cuiabana estão chamando a atenção de entidades internacionais, como do governo da Confederação Suíça, que através da iniciativa Ouro Responsável, bonifica a mineração artesanal e de pequeno e médio porte.
Esses exemplos validam que a mineração sustentável é real e capaz de conciliar as necessidades socioeconômicas, de segurança e proteção ambiental por meio de gestão adequada de resíduos, amparada na fiscalização e no aumento da comercialização com nota fiscal.
Roberto Cavalcanti é presidente do Instituto Somos do Minério