Ha mais de uma ano, o 'Projeto Borboleta’, vem ajudando jovens que sofrem de problemas psicológicos de forma gratuita. O projeto foi idealizado pelas jovens Milena Lobo, Iris Peixoto e Kamilly Cristina de 18, 21 e 23 anos, e contém o propósito de apoiar outras garotas com problemas de depressão, ansiedade e automutilação por meio de roda de conversa.
O projeto iniciou-se de forma remota, por meio da rede social — google meet, — já que na época o isolamento social era obrigatório para conter a pandemia da Covid-19 —, atendida apenas 15 pessoas por reunião, — limitação do aplicativo —, atualmente a iniciativa se prepara para o 5º encontro presencial, nomeado como ‘Você não está sozinha’, desta vez com o tema voltado para a campanha nacional, ‘Setembro Amarelo', mês de prevenção ao suicídio.
Em entrevista ao Jornal Centro Oeste Popular, uma das idealizadoras contou que a ideia do projeto surgiu após perceber que em momentos de desabafo com outra pessoa sobre o problema de depressão que teve, algo mudava e passava a se sentir melhor.
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“Eu já tive depressão e percebi que quando colocamos para fora aquilo que estamos sentindo, nos colocamos à disposição para ouvir outra pessoa que também agora está passando por isso, estamos tendo empatia por ela”, conta Milena Lobo.
Sem contar com patrocinadores, o projeto funciona através de psicólogos que palestraram durante as reuniões, sendo voltadas apenas para mulheres, de forma voluntária.
No início, o projeto era divulgado apenas por aplicativo de mensagens (WhatsApp), contudo, hoje já conta com redes sociais (Instagram e Facebook), assim podendo atingir mais pessoas.
“A roda de conversa é voltada apenas para mulheres. Esta regra foi colocada para possamos nos sentir mais à vontade. Consideramos muito importante os nossos encontros, principalmente, porque após este período pandêmico, que ainda não se encerrou, muitas pessoas estão enfrentando depressão e ansiedade, ou seja, procuramos dar conforto para estas pessoas”, explica a idealizadora.
O foco do projeto é ajudar jovens a lidar com as doenças psicológicas, e quebrar o tabu que existe a respeito do tratamento, onde muitas pessoas têm preconceito ou vergonha.
"Não realizamos atendimento psicológico, mas indicamos para parceiros que fazem atendimento gratuito'', afirma Milena Lobo.