Desde 2018 a Administração do TRT de Mato Grosso tem adotado medidas para reduzir o impacto das contas de energia nas despesas de custeio do Tribunal e assim disponibilizar recursos para serem investidos em outras áreas. A medida tem se mostrado importante e oportuna diante das limitações impostas pela Emenda Constitucional 95/2016, que estabeleceu limites para os gastos públicos.
Dentre as fontes de energia consideradas limpas e renováveis, a solar se mostrou uma forma viável ao suprir a demanda com baixíssimo impacto ambiental.
Até o momento, das oitos usinas inicialmente previstas para serem instaladas em prédios da Justiça do Trabalho no interior, quatro já estão em operação. Elas foram instaladas nos fóruns de Várzea Grande, Tangará da Serra, Sinop e Sorriso, e totalizam uma estimativa de geração anual de cerca de 360 mil kWh, com economia aproximada de 300 mil reais por ano. Outras três unidades devem entrar em funcionamento até novembro (Água Boa, Barra do Garças e Primavera do Leste) e a oitava quando da conclusão das obras de construção do novo Fórum de Lucas do Rio Verde, previsto para ocorrer no próximo mês de dezembro.
Somadas a estas, até fim de 2019 o Tribunal deve concluir o processo de instalação de mais sete novos sistemas de geração de energia solar em prédios do interior, totalizando 15 unidades e geração de cerca 1.048.000 kWh, o que permitirá uma economia anual estimada de 930 mil reais.
A expansão da capacidade decorre do repasse de R$ 1,1 milhão feito pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) que, em agosto, atendeu a um pedido da Administração e descentralizou os recursos para serem investidos na área. O montante vai permitir a instalação dos sistemas fotovoltaicos nas unidades de Alta Floresta, Cáceres, Colíder, Diamantino, Nova Mutum, Peixoto de Azevedo e Pontes e Lacerda. O processo de licitação das obras será realizado ainda este mês e a previsão é que a instalação seja concluída até o mês de dezembro deste ano.
Autossuficiência
Com a ampliação da geração em função dos novos recursos disponibilizados, a expectativa é de que a capacidade instalada seja capaz de suprir o consumo de 28 das 29 varas instaladas no interior do estado, o que praticamente garante a autossuficiência energética dos fóruns trabalhistas. O montante representa ainda a terça parte do total gasto com o consumo de energia elétrica da Justiça do Trabalho em Mato Grosso.
O investimento total previsto pelo TRT para geração de energia renovável é de aproximadamente 2,9 milhões de reais. Apesar do valor significativo, o retorno do investimento está previsto para ocorrer em apenas três anos. Como os sistemas fotovoltaicos têm vida útil de aproximadamente 25 anos, com a iniciativa o Tribunal produzirá energia elétrica a custo próximo de zero por mais 22 anos.