O empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, conhecido como Júnior Mendonça, deve ser convocado a prestar depoimento à CPI que apura a sonegação e renúncia fiscal, em Mato Grosso. A CPI da Sonegação, como é chamada, deve ser retomada nesta quinta-feira (15), depois de uma pausa de cerca de três meses.
A CPI que investiga a suspeita de sonegação de impostos e renúncias fiscais indevidas em vários setores produtivos no estado.
A sessão para a retomada das atividades está marcada para as 14h.
Conforme o presidente da CPI, deputado estadual Wilson Santos (PSDB), serão analisadas analisar a possibilidade de convocar empresários do setor de combustível e mineração para prestar depoimento.
Júnior Mendonça é dono de vários postos de combustível no estado.
Antes da interrupção provisória, a CPI colheu depoimentos do presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Mato Grosso (Sindipetróleo), Aldo Locatelli, representantes do Ministério Público Estadual (MPE), Secretaria de Fazenda (Sefaz), Polícia Civil, Procuradoria Geral do Estado (PGE), entre outros.
A CPI suspeita que o Estado deixa de arrecadar R$ 2 bilhões por causa da sonegação de impostos e incentivos fiscais concedidos de forma fraudulenta.
Operação Ararath
Segundo acusação, Júnior operou por anos uma espécie de banco clandestino que proporcionava transações financeiras ilegais. Os crimes teriam ocorrido entre 2005 e 2009, resultando na época em prejuízo aos cofres públicos de R$ 42,2 milhões. Corrigido, o montante é de R$ 62,2 milhões.