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GERAL Quarta-feira, 21 de Agosto de 2019, 08:19 - A | A

Quarta-feira, 21 de Agosto de 2019, 08h:19 - A | A

DELAÇÕES CONTRADITÓRIAS

Ex-secretário contradiz empresário e isenta conselheiro em fraudes na Seduc

Folha Max

O ex-secretário de Estado de Educação, Permínio Pinto Filho, disse que nunca recebeu nenhuma vantagem indevida das mãos do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Guilherme Maluf. Ele também contou que não sabe se propinas foram pagas ao membro do TCE-MT.

As declarações foram dadas por Permínio em audiência na 7ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça (TJ-MT), na última segunda-feira (19). O ex-secretário - que teria recebido R$ 170 mil de um esquema de propinas na Seduc-MT, cobrada de empresários que precisavam receber por serviços prestados na pasta -, foi questionado duas vezes sobre a participação de Maluf no esquema.

Permínio foi indagado pela juíza Ana Cristina Silva Mendes, que atua na 7ª Vara Criminal, se tinha recebido propina das mãos de Maluf. Posteriormente, o ex-secretário também foi questionado se tinha conhecimento de algum valor entregue ao conselheiro do TCE-MT. Em ambos os casos a resposta foi “não”.

A revelação contradiz com o depoimento do empresário Alan Malouf. Ele, que assim como Permínio firmou um acordo de colaboração premiada.

Alan Malouf, que também prestou depoimento na 7ª Vara Criminal na última segunda-feira, confirmou não só que Guilherme Maluf era um dos líderes das fraudes na Seduc, como também disse que o ex-governador Pedro Taques (PSDB) sabia do esquema de pagamentos de propinas.

RÊMORA

A operação Rêmora foi deflagrada em maio de 2016 pelo MP-MT e apura um esquema de empresários que em troca de informações privilegiadas sobre licitações na Secretaria de Educação pagavam propinas a membros do PSDB de Mato Grosso. Segundo as investigações, para receber por serviços já prestados ao Governo do Estado, estes empresários também deveriam pagar propina.

A 3ª fase da operação, denominada “Grão Vizir”, foi deflagrada em dezembro de 2016 e envolveu o ex-governador Pedro Taques. Um dos empresários denunciados na ação, Giovani Guizardi – considerado o principal operador do esquema -, afirmou que o também empresário Alan Malouf repassou R$ 10 milhões à campanha de Taques nas eleições de 2014.


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