O ex-deputado estadual e ex-prefeito de Acorizal (70 KM de Cuiabá), Meraldo Figueiredo de Sá (PSD), teve um imóvel penhorado pela Justiça após não realizar o pagamento de uma condenação por improbidade administrativa do ano de 2013. A decisão é da juíza da Vara de Ação Civil Pública e Ação Popular do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), Celia Regina Vidotti.
Meraldo foi condenado ao pagamento de R$ 3.685,38, além de ter os seus direitos políticos suspensos por cinco anos, após ordenar pagamentos irregulares quando esteve à frente da Câmara de Acorizal – ele também já foi vereador do município. O político ainda não pagou a dívida com a Justiça.
O imóvel penhorado localiza-se na Gleba Quarta-feira, no loteamento Parque das Nações, em Cuiabá. “Diante do teor da certidão e não havendo pagamento voluntário do débito, deve ser incluída a multa de 10%. [...] Proceda-se a penhora do imóvel indicado pelo representante do Ministério Público”, resumiu a magistrada.
O valor atualizado do débito é de R$ 13.414,79 mil.
ESTILINGUE
Meraldo Figueiredo Sá já foi suplente a deputado estadual na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT). Ele chegou a ocupar interinamente o cargo após licença do também ex-parlamentar Gilmar Fabris (PSD), em janeiro de 2016, e é autor da lei nº 10.551/2017, que regulamenta a utilização do estilingue - aquele mesmo, usado para atirar projéteis por meio de um pedaço de borracha preso a uma forquilha, por exemplo.
A lei, que foi sancionada pelo ex-governador Pedro Taques (PSDB) em junho de 2017, ainda abrange a prática do estilingue “de dedeira, bodoque e boleadeira”, além da própria forquilha.
Mesmo comemorada pela Confederação Brasileira de Estilingue (CEB), que possui sede na cidade de Chapada dos Guimarães (64 km de Cuiabá), a iniciativa foi alvo de críticas e chacotas. Além do site de humor “Joselito Müller”, que afirmou numa falsa notícia que Meraldo Sá teria sido conduzido “à delegacia especializada em crimes contra a incolumidade pública”, o colunista político Lauro Jardim, que escreve para o jornal O Globo, deu destaque ao projeto do ex-prefeito, e indagou que “deve estar faltando problema em Mato Grosso”.