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GERAL Terça-feira, 17 de Setembro de 2019, 09:23 - A | A

Terça-feira, 17 de Setembro de 2019, 09h:23 - A | A

DOENÇA AUTOIMUNE

Estudantes de medicina fazem vaquinha para ajudar no tratamento de colega

Vitória Lopes
Gazeta

Amigos e colegas de curso da estudante de medicina Brunna Silva Almeida, 23, criaram uma plataforma on-line para ajudar nos custos do tratamento contra a neuromielite óptica. A jovem foi diagnosticada com a doença, que causa perda de sensibilidade e motricidade das pernas e compromete a visão.

 

Segundo narra sua colega de curso, Ana Clara, o histórico de doenças de Brunna não começou com a neuromielite óptica. No semestre passado, a estudante começou a apresentar hematomas no corpo inteiro, sem relação com traumas ou batida.

 

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Ela então foi ao médico, mas não saiu de lá tão cedo. Brunna ficou internada por duas semanas. “Ela apresentou um quadro de plaquetopenia, que é a diminuição de plaquetas. Foi pra 20 mil na época, e o mínimo que uma pessoa pode ter pra ser saudável é 150 mil. Nesse quadro junto, de plaquetopenia com os hematomas que ela apresentou, ela foi diagnosticada com purpura, uma doença autoimune”, explica Ana Clara.

 

Brunna então começou a fazer tratamento com corticoides e o número de plaquetas dela subiu. Entretanto, há duas semanas, ela foi para o estágio e se queixou de dores na região do peito para os colegas. Novamente, a estudante foi aconselhada a voltar para o médico.

 

Ao ser atendida no Hospital Jardim Cuiabá, ela foi internada com suspeita de infecção urinária. No meio da noite, Brunna começou a sentir uma forte pressão no corpo, além de perder a sensibilidade e movimento dos membros inferiores.

 

“Ela foi diagnosticada com neuromielite óptica, que também é uma doença autoimune. Por isso falei que a doença dela não começa agora, por ser dois quadros de doenças autoimunes. E ela não vai voltar imediatamente a ter a sensibilidade e movimento dos membros inferiores”, disse.

 

O tratamento desta vez é mais caro e fora do orçamento de Brunna. De acordo com Ana Clara, a medicação tem um custo mensal de R$ 1.600, além de outros materiais, como cadeira de rodas e banho, fraldas geriátricas e consultdas.
Além disso, Brunna tem uma situação econômica complicada – o pai dela inclusive tem Alzheimer - e sempre estudou em cursinhos particulares por meio de bolsas. Atualmente, ela utiliza o Financiamento Estudantil (Fies) para pagar o curso de Medicina.

 

“Vendo a dificuldade que ela iria enfrentar a partir de quando ela teve a alta, nós da faculdade e amigos dela do cursinho resolvemos fazer essa vaquinha. E não só a vaquinha, a gente pretende contatar os cursinhos dos quais ela fez parte, montar um ‘aulão’ pro Enem e pegar todo esse lucro que a gente tiver e converter pro tratamento dela”, detalha a colega.

 

Para ajudar na vaquinha, que se encera em dezembro deste ano, acesse o link aqui.


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