O delegado Flavio Stringueta – que coordena a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) – rebateu as acusações feitas pelo tenente-coronel da PM Marcos Paccola, alvo da Operação Coverage.
Em uma nota divulgada nesta segunda-feira (26), Paccola afirmou, entre outros pontos, que a operação foi uma “estratégia” de Stringueta para denegrir a imagem da Polícia Militar.
“Trata-se de um texto confuso que diz muito sem contudo alcançar um objetivo prático. Ele fala em nome de sua instituição sem ter procuração para tanto, e parece se esquecer, ou não considerar, que a PM-MT é muito maior do que a mera existência de um tenente-coronel qualquer”, rebateu o delegado.
“A imagem da PM-MT não ficará manchada por conta das ações de alguns poucos policiais militares. Afinal, em toda instituição há ‘maçãs podres’, o que não a torna ‘maçã podre’ igualmente”, acrescentou.
Stringueta disse ter ficado surpreso com o fato de Paccola ter relacionado a Operação Coverage à ocorrência do assalto a um carro forte no supermercado Atacadão, ocorrida em maio deste ano.
A imagem da PM-MT não ficará manchada por conta das ações de alguns poucos policiais militares. Afinal, em toda instituição há ‘maçãs podres’, o que não a torna ‘maçã podre’ igualmente
“Nessa senda, fiquei surpreso com a fala distorcida do tal autor, quando menciona algum tipo de rusga provocada por uma ocorrência que, como todos sabem, teve a atuação exclusiva da GCCO. Se algo existiu, até agora não nos chegou”.
O delegado afirmou também não ter qualquer intenção de denegrir a imagem da Polícia Militar.
Disse, por fim, que a GCCO continuará executando seu trabalho, independente de quem supostamente esteja praticando crimes.
“Isso certamente incomoda os investigados. A carta escrita, e ora confrontada, demonstra desespero, pois não traz nenhuma coerência com algum tipo de linha de defesa. Aos desesperados deixemos o silêncio”, concluiu Stringueta.
Operação
A operação Coverage foi deflagrada na última quarta-feira (21) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado).
Na ocasião, foram presos o tenente-coronel Sada Ribeiro Parreira, o sargento Berison Costa e Silva e os tenentes Cleber de Souza Ferreira e Thiago Satiro Albino.
Paccola também foi alvo da ação, mas não chegou a ser preso porque tinha a seu favor um habeas corpus preventivo concedido pelo Tribunal de Justiça.
O Gaeco acusa o grupo de ter agido para ocultar provas de que a arma do tenente Cleber de Souza Ferreira foi utilizada em três homicídios e quatro tentativas de homicídio praticados pelo grupo de extermínio denominado Mercenários.