Pessoas que utilizam com frequência a conhecida Estrada do Ararão devem se recordar do quão ruim era a via, que foi, inclusive, fruto de várias reclamações.
Atualmente a estrada está transitável, mas ainda é foco de reclamações devido ao tipo do material colocado nela, um cascalho solto. As reclamações se fazem pelo fato de que no intuito de sanar um dos problemas, alguns outros foram criados. Na semana passada, por exemplo, mais um acidente foi registrado na estrada e poderia ter terminado de forma trágica, como narra a professora da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), Lilian Martins, que foi vítima de uma saída de pista na última quarta-feira à noite, 30 de novembro, quando voltava do trabalho.
“Eu estava voltando da Unemat. Não estava correndo e estava a 50 quilômetros por hora, mas a estrada é muito pedregosa. Depois de fazer uma curva eu acelerei para retomar a velocidade e aí eu deslizei, perdi o controle, tentei segurar, mas por conta dos valetões que tem ali do lado, eu acabei capotando”,
relata a professora, salientando que caso os valões não existissem, o carro teria parado fora da pista, mas não de rodas para o ar, dentro de um desses buracos.
Conforme Lilian, esses buracos estão ao longo de toda a estrada e foram criados a partir da retirada da terra que foi utilizada na melhoria da mesma.
Outro ponto destacado pela vítima é que os buracos estão tomados pelo mato, o que é uma nada agradável surpresa para alguém que saia, por algum motivo, fora da estrada.
“Se você passa ali do lado não dá para ver os buracos porque o mato cobriu, mas eles estão lá colocando a vida das pessoas em risco”,
frisa Lilian, ao ressaltar que quem a socorreu disse ser o dela o segundo acidente da semana.
“O Poder Público tem que olhar com cuidado para essa estrada que não está legal. É preocupante esses valetões que tem ali do lado e isso é assustador. É uma estrada com muitas pedras e ela tem uma caída. Por ali passam muitos caminhões e se a gente sai um pouquinho para a beirada cai nos valões”,
comenta.
Além de Lilian, que mora na região e precisa utilizar a estrada diuturnamente, quem também cobra solução por parte do Poder Público é a também professora Ana Lúcia Andruchak.
“Para se ter uma ideia, eu já troquei quatro vezes o vidro da frente do meu carro, que é alto, porque o cascalho que tem lá é um seixo rolado e os carros passando jogam pedras uns nos outros. Antes era um areião, um atoleiro e para a melhoria foi feita a retirada de terra que formou os valões que encobertos pela vegetação, para quem passa por ali, dá uma sensação de segurança, mas é um perigo enorme. A estrada está perigosa”,
reforça Ana Lúcia, ao salientar que a estrada tem um declínio altíssimo nas laterais.
“Como ela está abaulada, arredondada e cascalhada, a gente derrapa direto. Tem que tampar aqueles buracos urgentemente. Essa estrada pede asfalto, porque penso ser ela uma das estradas rurais mais movimentadas hoje e como o prefeito que está olhando para o asfalto e fazendo um trabalho excelente, precisa colocar ela na pauta do município”.
Ana Lúcia aproveitou também para destacar que a estrada recebe manutenção periodicamente, o que, segundo ela, é excelente, mas como a região cresceu bastante e o número de moradores aumentou, carece de uma solução para esses dois fatores elencados para dar segurança para quem utiliza a referida estrada, que já registrou mais de 10 acidentes nos últimos meses, conforme informações de moradores dos arredores.