15 de Outubro de 2024

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GERAL Quarta-feira, 28 de Setembro de 2022, 11:31 - A | A

Quarta-feira, 28 de Setembro de 2022, 11h:31 - A | A

LEVANTAMENTO

Após queda nas doações de órgãos na pandemia, Setembro Verde chama atenção para ato de solidariedade

Redação

Levantamento realizado pela ABTO (Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos) apontou que, em 2021, o número de doadores de órgãos foi 4,5% menor do que o registrado em 2020. Com isso, a taxa de doadores efetivos por milhão de pessoas da população (pmp), que tinha atingido 15,8 pmp em 2020, caiu para 15,1 pmp no ano passado.

Em meio à queda das doações, o Setembro Verde chama a atenção para a importância de doar órgãos, principalmente quando há morte encefálica. “A doação de órgãos proporciona o prolongamento da expectativa de vida de pessoas que precisam de um transplante, permitindo o reestabelecimento da saúde e, por consequência, a retomada das atividades normais. 

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Devido ao número de partes do corpo que podem ser cedidas, cada doador pode salvar oito vidas ou mais”, afirma a médica e professora do IDOMED Fapan, Letícia Cristino Francisco.

A médica explica que, nos casos de morte encefálica, os órgãos que podem ser doados são: coração, pulmões, fígado, rins, pâncreas e intestino. Tecidos como córneas, ossos, pele e válvulas cardíacas também podem ser doados nesta situação.

Já na morte por coração parado, somente os tecidos - córneas, ossos, pele e válvulas cardíacas - podem ser doados. “No Brasil, não é permitido o transplante de nenhum outro órgão, como, por exemplo, útero, mão e outras partes do corpo humano”, explica a professora.

Quem quer doar os órgãos, o que deve fazer?

Para quem quer ser doador, o Ministério da Saúde orienta que a primeira coisa a ser feita é avisar a família sobre a vontade. Avisar a família é importante pois é ela que, após a morte do ente familiar, autoriza, por escrito, a doação dos órgãos e tecidos.

“Não é necessário registro em qualquer documento ou em cartório, nem mesmo em testamento. Basta apenas informar seu desejo aos seus familiares. Desde 2001, quando houve alteração na legislação, o que consta na Carteira de Habilitação ou de Identidade perdeu valor, prevalecendo a vontade da família”, explica a médica e professora do IDOMED Fapan.


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