Jaineomar Meireles da Costa, 48 anos, começou a trabalhar com a apicultura há cerca de cinco anos para complementar a renda da olericultura da Chácara Meireles. Ele possuía uma média de produção de 80 kg anualmente, mas a partir deste ano, o produtor rural de Alto Araguaia começou a ter uma nova experiência. Já atingiu o patamar de uma tonelada de mel e com mudanças simples orientadas pela Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT).
O crescimento ocorreu a partir da troca de cera e da melhoria no manejo de alimentação, segundo explica o técnico agrícola e credenciado ao Senar-MT, Francisco da Silva Gonzalez. “Foram manejos simples e objetivos para a situação em que se encontrava. Conseguimos alcançar esse objetivo em sete meses de trabalho e ainda nem trocamos a abelha-rainha ou fizemos divisão de enxames”, explica.
Meireles produz atualmente por meio de 30 colmeias, que rendem de 30 a 40kg por caixa. Para 2023, a previsão é ampliar para 100 colmeias e diversificar a produção. “Têm outras possibilidades como a produção de própolis. Tenho estudado para futuramente conseguir produzi-los também”O apicultor é um dos 26 atendidos pela ATeG na região. Segundo o técnico, a disponibilização do conhecimento para desenvolvimento da atividade aguçou o interesse dos demais produtores rurais do município para também se aplicarem na apicultura. “Acredito que no próximo ano, a produção de mel será multiplicada no município. Como iniciamos o atendimento em 2022, os resultados dos demais produtores atendidos serão observados nos próximos meses”, destaca González.
Com a produção em alta, um dos gargalos a serem supridos é o da comercialização. Por meio do Senar-MT, já foram ofertados aos produtores cursos como Associativismo e Cooperativismo e Administração de Pequenas Propriedades Rurais. “Apesar da apicultura no município ser majoritariamente fonte de renda secundária, é necessário que os produtores se mobilizem em associações para possibilitar a comercialização dos produtos”, afirmou o técnico de campo.
De acordo com o gerente da ATeG do Senar-MT, Armando Urenha, a instituição tem orientado os produtores para que consigam comercializar. “Cada cadeia produtiva possui a sua própria regulamentação e o mel tem as suas particularidades para ser comercializado. A ATeG possui um agente de comercialização para orientar na obtenção das certificações. Somos uma instituição de ensino e fornecemos todas as orientações possíveis para que eles consigam os selos de inspeção municipal, estadual ou federal”, destacou.