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ECONOMIA Terça-feira, 17 de Setembro de 2019, 14:22 - A | A

Terça-feira, 17 de Setembro de 2019, 14h:22 - A | A

PARCERIA COM BOLÍVIA

Empresa projeta expandir distribuição de gás natural para chegar até residênciasVinícius Bruno

BRUNO VINICIUS
RDNEWS

Com o afunilamento das negociações para que exista segurança de abastecimento do gás natural vindo da Bolívia, o MT Gás tenta viabilizar um programa de expansão deste produto em Mato Grosso. A intenção é que o Estado se transforme na porta de entrada do gás boliviano para toda a região Norte do país. O diretor do MT Gás, Rafael Reis, explica ao  que a ideia é que entre cinco e dez anos o gás canalizado seja uma realidade também para o consumidor doméstico.

“Em um fórum que tivemos em Santa Cruz (Bolívia), criou-se uma visão extremamente interessante sobre isso. Na Argentina foi descoberto um reservatório que é o dobro do tamanho do reservatório da Bolívia, no Chile um reservatório do tamanho da Bolívia, no Sergipe também há um reservatório do tamanho da Bolívia”, relata Rafael.

Com as recentes descobertas e com a capacidade de abastecimento desses poços, que só na Bolívia tem autonomia de suprir a demanda em potencial de Mato Grosso por mais de 200 anos, o produto deve ser uma fonte econômica próspera entre os dois países, e beneficiará indústrias, motoristas profissionais e consumidores domésticos, que poderão pagar menos de R$ 20 por mês para ter o gás canalizado, uma economia de pelo menos 80% na comparação com o atual preço do gás liquefeito de petróleo que chega aos consumidores finais em botijões e custam em média R$ 100 na Grande Cuiabá.

Rafael relata que o Governo tem o objetivo de criar um projeto piloto até 2022 na Capital, levando gás canalizado até um conjunto habitacional. O diretor relata que não se trata de um projeto, mas uma meta que possivelmente deverá dar início a um novo modelo de consumo do produto no Estado.

Para isso, ele aponta que a MT Gás precisará de uma nova estrutura. “Para as indústrias, conseguimos atender com 50 funcionários, mas para atender as residência serão necessários 2 mil funcionários. Mas é o foco. Vai ficar R$ 17 se tiver o gás canalizado. A estrutura precisa ser gigantesca, mas é o objetivo”, ressalta Rafael.

Em outubro, depois de 1 ano e 10 meses sem abastecimento de gás natural, o Estado voltará a ter disponibilidade do produto. O mercado consumidor deste tipo de gás ainda é tímido em Cuiabá, isso porque, nos últimos 15 anos, período no qual existe o gasoduto na cidade, já existiu três interrupções no fornecimento. Dessa vez a segurança de abastecimento tem sido negociada por meio da criação de uma agência em conjunto com o governo boliviano, o que deverá garantir perenidade no abastecimento do gás natural no Estado. O governador se prepara para visitar o país no final do mês e finalizar o acordo para o fornecimento do produto.


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