vereador Marcos Veloso (PV), que é delegado da Polícia Civil, está averiguando a denúncia que crianças venezuelanas estão sendo “alugadas” para mendicância nas ruas e sinaleiras de Cuiabá. Segundo o parlamentar, a primeira ação foi informar a os órgãos responsáveis e uma força tarefa com Ministério Público, Conselho Tutelar e assistência social do Município e do Estado para identificar as pessoas que estão nessa situação.
“O trabalho está sendo feito de maneira discreta. As pessoas estão sendo identificadas e notificadas. Em caso de reincidência, outras medidas serão tomadas, como encaminhamento para Vara da Infância e Juventude, disse Marcos Veloso ao .
Segundo o vereador, as denúncias anônimas dão conta que crianças brasileiras também estão sendo “alugadas” para pedir esmola nas sinaleiras junto com adultos. Por isso, Marcos Veloso considera que os fatos relatados são graves e precisam ser apurados com rigor.
“Ainda não podemos afirmar que são verdadeiros, mas estamos averiguando. Precisamos saber se existem pessoas por trás e porque essas pessoas aceitam ficar nos sinais mendigando, se existe algum tipo de chantagem e qual é o instrumento de pressão utilizado para que se submetam a essa situação. Estou falando em tese, caso as denúncias sejam confirmadas”, completou.
Marcos Veloso também ressalta que são casos isolados já em Cuiabá são 627 venezuelanos cadastrados e cerca de 60 estão nos semáforos. A grande maioria, que entra no Brasil pelo Estado de Roraima na condição de refugiados do regime de Nicolás Maduro, é atendida pela Pastoral do Imigrante situada no bairro Carumbé.
JLSiqueira
Oscar Bezerra, também do PV, na tribuna da AL
Ação na AL
Na semana passada, o deputado estadual Oscar Bezerra (PV), que é correligionário de Marcos Veloso, viajou 2.100 quilômetros até Boa Vista (RR) para conhecer de perto a situações dos milhares de venezuelanos que já cruzaram a fronteira fugindo do regime de Nicolás Maduro. O parlamentar pretende utilizar as informações para mobilizar a Assembleia, o Governo do Estado e a sociedade para prestar assistência para os imigrantes do país vizinho que estão chegando a Mato Grosso.
“Vou ficar quatro meses na Assembleia e pretendo usar esse período para prestar assistência aos irmãos venezuelanos que estão vindo para o Brasil fugindo do regime perverso do ditador Maduro. Já que o Governo Federal abriu a fronteira para acolher, nós temos que prestar assistência. Muitos estão vindo para Mato Grosso e acabam no sinaleiro, com a família inteira, pedindo esmola. Precisamos garantir perspectivas para essas pessoas”, declarou Oscar, que é suplente do licenciado Faissal (PV).
O parlamentar ainda está analisando se a assistência aos venezuelanos que chegam a Mato Grosso será prestada por meio de projeto de lei ou por ação social. Entretanto, reforça que alguma coisa precisa ser feita.
“Preciso concluir essa missão, que não é oficial, é uma iniciativa individual, para definir qual a melhor alternativa. Tenho convicção que algo precisa ser feito e vou levar esse debate para o Parlamento. O empresariado pode ajudar com emprego para essas pessoas, muitas são qualificadas e estão prontas para o trabalho”, concluiu.